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Dólar recua com força e chega a R$ 2,2890

O dólar comercial chegou a ser vendido a R$ 2,2890 durante a manhã. Apesar do recuo das cotações e da pressão menor sobre os índices de inflação, os analistas mantêm a expectativa de que o Comitê decida pela manutenção da Selic em 19% ao ano.

Por Agencia Estado
Atualização:

O dólar comercial abriu em forte queda nesta manhã e às 10h34 estava no patamar mínimo do dia, sendo negociado a R$ 2,2890 na ponta de venda dos negócios, com queda de 1,54% em relação aos últimos negócios de ontem. A última vez que o dólar chegou a um patamar próximo deste foi em 11 de maio, quando o dólar oficial encerrou o dia cotado a R$ 2,2863. Neste mês, a moeda norte-americana acumula uma baixa de 9,04%. Apesar da forte queda do dólar registrada nos últimos dias e da diminuição da pressão de alta sobre os índices de inflação, os analistas mantêm as apostas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) manterá a Selic, a taxa básica de juros da economia, em 19% ao ano. A decisão será divulgada hoje, ao final da reunião do Comitê, após o fechamento dos mercados (veja mais informações no link abaixo). O fato é que o Banco Central (BC) já deixou claro que pretende garantir o cumprimento da meta de inflação no próximo ano - de 3,5%, com possibilidade de alta ou baixa de dois pontos porcentuais. Qualquer alteração nas taxas de juros neste momento terá impacto sobre a economia dentro de quatro a seis meses. Ou seja, diante de uma meta de inflação em 2002 ainda mais apertada em relação à que foi estipulada para este ano, de 4%, os analistas acreditam que o Comitê será conservador. Vale lembrar que, neste ano, o limite máximo para a meta de inflação já foi ultrapassado. O Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), usado como referência para a meta de inflação, está acumulado em 6,98% até novembro. No início desta manhã, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), divulgou o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) referente à segunda quadrissemana de dezembro. O resultado ficou em 0,26%, dentro do esperado pelos analistas - entre 0,20% e 0,26%. Cenário externo Apesar da manutenção do descolamento do mercado financeiro no Brasil em relação ao agravamento da crise argentina, os investidores mantêm-se atentos ao cenário no país vizinho. Ontem, a taxa de risco do país subiu novamente e fechou em 4.125 pontos-base. Segundo apurou a correspondente Marina Guimarães, o governo argentino conseguiu pagar os juros referentes ao bônus globais 2015, no total de US$ 53 milhões. A expectativa fica agora por conta dos vencimentos dos juros dos bônus globais 2008 que exigirão o pagamento de US$ 87 milhões. Mas muitos analistas afirmam que a situação de default - leia-se calote da dívida, caso aconteça, já não surpreenderá ninguém. Por outro lado, é certo que os mercados no Brasil devem apresentar alguma oscilação neste cenário. Veja os números do mercado financeiro Às 11h15, o dólar comercial estava cotado a R$ 2,3070 na ponta de venda dos negócios, com baixa de 0,77%. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera com alta de 0,13%. No mercado de juros, os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 19,850% ao ano, frente a 20,150% ao ano ontem. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado e o ranking dos investimentos na primeira quinzena de dezembro.

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