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É cedo para afirmar se a alta do dólar será permanente, diz Barbosa

Ministro argumentou que, à medida que o governo for explicando as ações fiscais, o impacto no câmbio tende a ser revertido

Por Álvaro Campos
Atualização:
 Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

SÃO PAULO - O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse nesta sexta-feira, 24, que a política monetária não deve reagir diretamente às revisões nas metas de superávit primário anunciadas pelo governo nesta semana. Segundo ele, entretanto, pode haver um impacto indireto por meio do câmbio. Ele explicou que o dólar reagiu à revisão da meta fiscal e que o câmbio é levado em conta nas projeções de inflação. 

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Barbosa afirmou que a política fiscal ainda está contribuindo para o combate à inflação e que, mesmo com a revisão das metas de superávit primário, o impulso fiscal "é contracionista ou, no máximo, neutro", já que este ano o resultado primário deve ser melhor do que o déficit registrado em 2015. 

Ao deixar evento na Fundação Getúlio Vargas (FGV), ele declarou que é cedo para afirmar se essa alta do dólar será permanente. Ele argumentou que, à medida que o governo for explicando as ações fiscais, esse impacto no câmbio tende a ser revertido. Segundo ele, o mercado reage à política fiscal, mas também a indicadores econômicos do restante do mundo. 

Questionado se as declarações feitas pelo diretor de Política Econômica do Banco Central, Luiz Awazu Pereira, nesta manhã - que citou "novos riscos para a inflação" - seriam uma referência à mudança na meta fiscal, Barbosa disse que não comenta declarações do BC.

"O fator mais importante para a recuperação da economia brasileira para sustentar não só o equilíbrio fiscal, mas também o controle da inflação, é recuperar o crescimento, aumentando a produtividade", declarou.

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