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Economia criativa vira opção em tempos de crise

Representando cerca de 1,8% do PIB paranaense, setor supera dificuldades e ajuda na geração de renda e de empregos

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Por Redação
Atualização:
Andreia e Guto, da GP7 Cinema; na crise, produtora cresceu e lançou série Foto: GP7 Cinema

O Paraná pode ser conhecido por sua agricultura, mas tem um território fértil para atrair novos investimentos no Estado: a chamada economia criativa. Relatório de 2016 da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) revelou que o setor representa 1,8% do PIB do Estado, ficando empatado com Minas Gerais na sexta colocação entre as unidades da federação com maior participação dos criativos no Produto Interno Bruto (PIB).

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Mas, afinal, o que é a economia criativa? Segundo o Sebrae, uma das entidades que trabalham para o crescimento do setor no Brasil, são “negócios baseados em capital intelectual e cultural e na criatividade que gera valor econômico”. 

“A importância da economia criativa reside em seu estímulo para a geração de renda, criação de empregos e receitas de exportação, ao mesmo tempo em que promove a diversidade cultural”, explicou o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos. “A economia criativa, de maneira geral, vive uma situação atípica diante da crise, com crescimento acima do esperado para o momento econômico”, ressaltou Domingos. 

Foi o que aconteceu com Guto Pasko e Andreia Kalaboa, fundadores da GP7 Cinema. A produtora de vídeos cresceu durante o período de crise e em 2017 lançou uma série de ficção.

“Nosso maior crescimento foi nesse período, quando nos estruturamos melhor e diversificamos nossos projetos”, explica Guto Pasko.

No caso da Racional Games, empresa de Curitiba formada por um grupo de amigos insatisfeitos com trabalhos que lhes podavam a criatividade, o auxílio veio do poder público.

“Tivemos um importante incentivo da Prefeitura de Curitiba, cedemos nosso primeiro jogo gratuitamente e ganhamos em visibilidade”, explicou Vinício Adamante, um dos sócios-fundadores da Racional.

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Hoje, os incentivos públicos ao setor caminham a passos lentos. O programa Paraná Criativo, incubadora ligada a Secretaria da Cultura estadual, está suspenso por falta de verbas do Ministério da Cultura. No plano federal a Secretaria da Economia Criativa, ligada ao Minc, mudou de nome e de foco.

“O debate vai para frente e para trás”, diz Claudia Leitão, primeira secretária de Economia Criativa do Minc, em 2012. “Espero que aos poucos essa discussão vá andando no Brasil”, diz.

O advogado especialista em economia criativa, Tito Malta Neto, do Ambiel Advogados, acredita que o melhor bem que o governo pode fazer para o setor é diminuir a burocracia. “Permitir que as pessoas empreendam e dar espaço para sua função é fundamental”, diz. 

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