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Economia dos EUA cria 223 mil empregos em junho e levanta dúvidas sobre alta do juro

Resultado veio abaixo das previsões; parte do mercado acredita que o Fed pode demorar mais para elevar a taxa básica de juros

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Por Redação
Atualização:
A criação de empregos em junho se concentrou no setor de serviços Foto: Mark Lennihan/AP

A economia dos EUA criou 223 mil empregos em junho, informou o Departamento do Trabalho. O resultado ficou levemente abaixo da previsão dos economistas consultados pela Dow Jones Newswires, que esperavam a criação de 233 mil vagas.

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Além disso, os resultados de maio e abril foram revisados para baixo. Em maio foram criados 254 mil empregos, bem menos que os 280 mil calculados originalmente, e em abril a economia norte-americana gerou 187 mil vagas, abaixo do cálculo inicial de 221 mil.

Os ganhos médios por hora dos trabalhadores do setor privado ficaram inalterados em junho, em US$ 24,95. Na comparação com junho do ano passado, houve aumento de 2%. A semana média trabalhada permaneceu em 34,5 horas, inalterada em relação a maio e a junho do ano passado.

Enquanto isso, a proporção de norte-americanos participantes da força de trabalho diminuiu para 62,6% em junho, de 62,9% em maio. Essa taxa é a mais baixa desde 1977.

A criação de empregos em junho se concentrou no setor de serviços. As varejistas criaram 33 mil vagas, o segmento de saúde criou 40 mil e o de lazer e hospitalidade criou 22 mil. O número de postos de trabalho no setor manufatureiro aumento apenas 4 mil. Nos setores de construção e governo o número de vagas permaneceu inalterado em comparação com maio. 

Alta do juro. A estabilidade dos ganhos médios por hora dos trabalhadores do setor privado dos EUA surpreendeu os investidores e levou questionamentos sobre uma possível elevação de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em setembro.

De acordo com Zhiwei Ren, analista da Penn Mutual Asset Management, o resultado estável no crescimento dos salários "gerou algumas dúvidas sobre um aumento das taxas de juros em setembro".

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No entanto, o analista diz que ainda espera a alta dos juros em setembro, apesar de a criação de empregos ter sido menor do que o esperado, caracterizando-a como pontual e inconsistente em relação aos demais relatórios que mostram a economia mais forte. "O dado de hoje não muda o panorama da economia dos EUA", acrescentou. 

Os contratos futuros dos fed funds, que são um termômetro das expectativas de política monetária do banco central americano, indicam que após a publicação do relatório de emprego diminuíram as chances de elevação dos juros pelo Fed na reunião de setembro.

De acordo com dados do CME Group, a probabilidade de elevação dos juros em setembro caiu para 10% após os dados, de 14% no começo do dia. A probabilidade de uma alta das taxas em outubro recuou de 32% para 24% e a probabilidade de um movimento em dezembro diminuiu de 55% para 49%. (Colaborou Danielle Chaves)

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