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Economista-chefe do Banco Mundial renuncia após polêmica envolvendo o Chile

Paul Romer declarou há duas semanas que banco teria manipulado relatório sobre ranking de competitividade, prejudicando o país latino-americano

Por Dow Jones Newswires
Atualização:

WASHINGTON -  O economista-chefe do Banco Mundial, Paul Romer, renunciou nesta quinta-feia, dia 24, de acordo com um memorando da instituição. Romer iniciou uma tempestade em entrevista ao  The Wall Street Journal há duas semanas, quando levantou preocupações de que um dos relatórios da instituição, sobre a competitividade de ambientes de negócios, foi alterado de forma injusta, prejudicando particularmente o Chile.

Paul Romer, ao lado da diretora-fgerente do FMI, Chirstine Lagarde, em reunião do FMI e do Banco Mundial em 2014 Foto: Jonathan Ernst/Reuters

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Em seu blog, Romer publicou números que mostraram que o Chile havia caído nos rankings por causa de mudança na metodologia do Banco Mundial para medir competitividade.

Na ocasião, o economista que foi responsável por elaborar o ranking de competitividade negou irregularidades no processo de avaliação do país, minimizando a denúncia feita por Romer. "Todo o processo foi realizado em um contexto de transparência e abertura", afirmou o economista boliviano Augusto López-Claro, em declarações publicadas pelo jornal chileno El Mercurio.

López-Claro, que, em um primeiro momento, foi divulgado como sendo chileno, viu-se envolvido na polêmica depois das declarações de Romer para o Wall Street Journal. Segundo Romera metodologia de elaboração do ranking foi alterada em diversas ocasiões, levando, nos últimos quatro anos, a competitividade chilena a registrar resultados negativos, o que teria sido provocado "por motivações políticas". 

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