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Educação é entrave para recuperação

Um dos principais entraves apontados por especialistas para que o Brasil saia da “armadilha do desenvolvimento” é a educação, considerada de má qualidade em todo o País. Pelos dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), apenas 0,8% dos alunos brasileiros entre 15 e 16 anos conseguem realizar análises complexas em matemática. No geral, 67,1% dos alunos nessa faixa etária estão em um nível considerado baixo de entendimento da disciplina.

Por Luiz Guilherme Gerbelli
Atualização:

Dos 2,7 milhões de alunos avaliados na pesquisa divulgada em fevereiro, o País tinha 1,9 milhão de estudantes de 15 anos com dificuldades em matemática básica, além de 1,4 milhão com problemas em leitura e 1,5 milhão em ciências. Cruzados, os números indicam que 1.165.231 estudantes tinham dificuldades em cumprir tarefas básicas nas três áreas de conhecimento. Em posições piores que o Brasil estavam apenas Catar, Peru, Albânia, Argentina, Jordânia, Indonésia, Colômbia, Uruguai e Tunísia. 

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Outra constatação do estudo é de que o País está no “top 10” de países mais desiguais do mundo quanto à diferença de desempenho entre estudantes de classes sociais diferentes.

Apesar do grande contingente de alunos com desempenho abaixo do esperado, o Brasil era, dentre todos os 64 países analisados, um dos nove que mais reduziram – em 18% – o número de estudantes com problema em matemática entre 2003 e 2012, segundo a organização. Também houve redução tímida no porcentual de alunos com baixo desempenho em leitura e ciências.

Para a OCDE, parte dos resultados ainda muito negativos do Brasil se deve à inclusão de estudantes no sistema educacional ao longo dos últimos 15 anos.

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