Boa parte dos funcionários da Vale e do pessoal mais graduado das construtoras mora em hotéis alugados pelas empresas. O principal gasto deles é com a comida. E não faltam opções na cidade. Todos os dias, quando o sol se põe, moradores montam seus restaurantes ambulantes no meio da praça construída no canteiro central da Avenida Weyne Cavalcante - a principal da cidade. Ali, tem comida para todos os gostos, de cachorro-quente, churrasquinho a um jantar completo. Maria Aparecida Silva, de 48 anos, fechou seu restaurante num ponto fixo da avenida para servir suas refeições na praça. Ela transformou a churrasqueira num fogão onde coloca grandes panelas com buchada, chambaril (um ensopado de carne), assado e galinha caipira. No fim de semana, tem sarapatel. Os preços variam de R$ 10 a R$ 15. "Aqui vem todo tipo de gente comer minha comida, advogados, médicos e engenheiros. Está sempre cheio." A vantagem de Maria Aparecida é que agora ela não paga nenhum aluguel.Rebelião. Os operários da obra ficam nos alojamentos, distantes da cidade. E, como em outras grandes obras, de vez em quando se rebelam. No último feriado, um grupo queimou parte do alojamento, quebrou máquinas e fez um engenheiro de refém.