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Em nova tentativa, Portugal quer vender até 66% da TAP

Secretário de Transportes português afirmou que governo vai retomar processo de privatização da companhia aérea

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Por Redação
Atualização:

O governo de Portugal afirmou ontem que tentará pela segunda vez privatizar a TAP Air Portugal, e disse já ter recebido diversas manifestações de interesse em relação ao negócio. O secretário de Transportes do país, Sérgio Monteiro, disse que o governo pode ofertar até 66% da companhia. Uma fatia de 61% vai ser reservada para um ou mais investidores de referência, visando não um reforço financeiro mas sim a capitalização da empresa, pois o governo português não pode injetar dinheiro público, afirmou Monteiro. Em entrevista coletiva, o secretário de Transportes adiantou que um lote de 5% da companhia ficará reservado para os 7,5 mil funcionários da empresa. O governo português manterá a opção de vender o restante de sua porção da TAP por dois anos, de acordo com condições que serão anunciadas depois. Monteiro não deu detalhes sobre potenciais compradores da empresa. Programa. A venda da TAP integra um programa de privatizações com o qual Portugal se comprometeu como parte do auxílio financeiro de 78 bilhões que recebeu da União Europeia após a crise financeira internacional. Em 2012, Portugal abortou os planos de vender a companhia após o único provável comprador, o magnata Germán Efromovich, dono da AviancaTaca Holding, não atingir as condições financeiras necessárias para fechar o negócio. À época, Efromovich ofereceu 35 milhões pela companhia e uma injeção de capital de 316 milhões . Além disso, o empresário se comprometeu em assumir 1,1 bilhão em dívidas da empresa. Na época, para poder fazer a oferta, os irmãos Efromovich, donos da maior aérea da Colômbia, tentaram utilizar sua dupla cidadania polonesa para comprar a totalidade da TAP. O artifício visava a atender a legislação europeia, que proíbe que grupos de fora da região sejam controladores de companhias aéreas sediadas na Europa. Mais interessados. Na tentativa de venda realizada em 2012, a TAP atraiu o interesse de compradores em potencial como a International Consolidated Airline Group, companhia irmã da British Airways, Iberia e Lufthansa. A TAP voa para 198 destinos. As rotas no Brasil tornam a empresa um negócio atrativo. A companhia foi uma das pioneiras no uso de aeroportos alternativos para voos internacionais. A empresa foi uma das primeiras, por exemplo, a atender destinos internacionais a partir do terminal de Viracopos, em Campinas (SP). No balanço do ano passado, a empresa anunciou um lucro de 34 milhões, acima dos 24 milhões registrados em 2012. Segundo a companhia, nos primeiros seis meses deste ano, foram embarcados 5,3 milhões de passageiros, volume 7,2% superior ao dos seis primeiros meses do ano passado.

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