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Embora tardia, é extensa a recuperação da indústria

A indústria do Ceará foi a que mais cresceu em dezembro

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Por Redação
Atualização:

Não só a produção industrial brasileira cresceu 2,3% entre novembro e dezembro, como alcançou 10 dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Depois de um ano muito difícil para o setor secundário, esse resultado positivo teria sido ainda mais favorável não fosse o recuo da produção em dois Estados nos quais a indústria é muito forte: São Paulo, onde houve queda de 1,5%; e Rio de Janeiro, com redução de 0,9%.

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A indústria do Ceará foi a que mais cresceu em dezembro, estimulada pelo aumento da produção de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados, confecções, produtos alimentícios e têxteis. O crescimento da indústria cearense foi de 12,4% entre novembro e dezembro e de 3,4% entre os meses de dezembro de 2015 e de 2016, recuperando-se da queda de 8,4% entre agosto e novembro de 2016.

Fortes movimentos de retomada também ocorreram no Rio Grande do Sul (+6,3% em relação a novembro e +3,3% sobre dezembro de 2015), no Espírito Santo (+5,1% e +2,1%, respectivamente) e até no Nordeste, que mostrou crescimento de 4,9% em relação a novembro e um recuo de apenas 0,8% na comparação com dezembro de 2015.

Evolução positiva foi, igualmente, registrada em Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Paraná e Pernambuco, indicando que são gerais os sinais favoráveis do setor industrial. Parece chegar ao fim a fase negra enfrentada pela indústria na era do lulopetismo: no triênio 2014/2016 a queda da produção nacional foi de 17%, com duas exceções apenas – Mato Grosso (+6%) e Pará (+23%), segundo os cálculos do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). Pelos mesmos critérios, a queda trienal da produção em São Paulo, de 21%, só foi menor que a do Amazonas (29%).

Os indicadores recentes do parque industrial paulista não chegam a ser animadores: a queda de 5,5% entre 2015 e 2016 alcançou 16 das 18 atividades investigadas. Uma recuperação sustentada da indústria não deve depender apenas de Estados-chave como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, mas precisa se confirmar em âmbito nacional.