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Embraer afirma que eventual acordo com Boeing respeitará 'interesses de segurança nacional'

A declaração foi feita em resposta a uma consulta da B3 sobre notícia veiculada pelo Estadão/Broadcast informando que a as empresas estariam discutindo maneiras de driblar a resistência do governo brasileiro ao negócio

Por Fabiana Holtz
Atualização:

A Embraer afirma que uma eventual combinação de negócios com a Boeing, se e quando concretizada, deve preservar, antes de mais nada, "os interesses estratégicos da segurança nacional e respeitar incondicionalmente as restrições decorrentes da ação de classe especial (golden share) constantes do estatuto social da empresa, de titularidade do governo brasileiro".

A declaração foi feita em resposta a uma consulta da B3 sobre notícia veiculada pelo Estadão/Broadcast em 5 de janeiro, informando que a Boeing e Embraer estariam discutindo maneiras de driblar a resistência do governo brasileiro ao negócio e que a empresa norte-americana estaria disposta a pagar US$ 28 por ADR, conforme fontes afirmaram à agência Dow Jones.

O governo brasileiro detém uma ação especial (chamada de golden share) da Embraer desde a privatização da companhia, em 1994 Foto: Sergio Castro/Estadão

Segundo a fabricante de aviões brasileira, não há qualquer intenção de "driblar" alegada resistência a qualquer transação com a Boeing. No comunicado, a empresa também ressalta que sua administração tomou nota das manifestações públicas do governo brasileiro e seguirá em conformidade com elas em quaisquer futuros entendimentos.

Em relação ao valor por ADR mencionado na notícia, a Embraer esclarece que não possui neste momento elementos para manifestar-se sobre esse tema, uma vez que "nesta data não há sequer definição sobre a estrutura de uma potencial combinação de negócios". Dado esse cenário, a empresa diz que não lhe cabe especular acerca dos critérios de avaliação adotados pela Boeing. 

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