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Empresas retomam operações no Egito e chamam de volta expatriados

O movimento ocorre após o Conselho Supremo das Forças Armadas pedir que o país volte ao normal após Hosni Mubarak deixar a presidência

Por Clarissa Mangueira e da Agência Estado
Atualização:

As empresas estrangeiras estão retomando suas operações no Egito, reabrindo fábricas e trazendo de volta ao país funcionários expatriados durante a recente turbulência política.

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O movimento ocorre após o Conselho Supremo das Forças Armadas pedir que o país volte ao normal após Hosni Mubarak deixar a presidência. No entanto, num sinal de preocupação, houve protestos e greves de trabalhadores, nesta segunda-feira, incluindo os da polícia, bancos e do setor de petróleo, por aumento de salários e melhores condições de trabalhos.

Apesar das manifestações, empresas, como a Heineken, Unilever, Akzo Nobel e Siemens, disseram que suas atividades foram retomadas para níveis próximos do normal no Egito.

Inúmeras empresas estrangeiras, incluindo a Nissan Motor, Lafarge e General Motors suspenderam suas atividades no país no final de janeiro à medida que as demonstrações contra o ex-presidente cresceram. Trabalhadores estrangeiros deixaram o Egito, mas estão retornando agora.

A Heineken e a Unilever, que tem quatro fábricas no Egito, disseram que voltou a operar na semana passada. A porta-voz da Heineken Anoeska van Leeuwen disse que metade dos funcionários da companhia expatriados retornaram ao Egito, enquanto outra metade voltará ao país ainda neste mês. Van Leeuwen acrescentou que as famílias dos empregados expatriados retornarão assim que as condições de segurança melhorarem mais.

A Unilever não estava disponível para comentar se seus empregados expatriados retornaram ao Egito.

A fabricante de cimentos e materiais de construção Lafarge afirmou que suas operações foram duramente atingidas pela crise, mas suas atividades foram retomadas completamente. Segundo a companhia, os cerca de 70 funcionários expatriados durante a crise política estão retornando progressivamente ao Egito.

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A Siemens, que tem em torno de 500 empregados no país, afirmou que seus funcionários já voltaram ao trabalho. A companhia disse que alguns poucos funcionários que foram expatriados no final de janeiro ainda não retornaram ao país, mas a empresa pretende chamá-los de volta assim que for possível. A Siemens recusou-se a comentar se tinha sido afetada pelas greves no Egito.

Os bancos continuarão fechados até terça-feira, devido às paralisações e à celebração do aniversário do profeta Maomé, declarou o banco central do país. O mercado acionário do Egito estará fechado na quarta-feira e na quinta-feira até que o setor bancário esteja estabilizado, afirmou Hisham Turk, funcionário da bolsa egípcia. As informações são da Dow Jones.

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