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Empréstimos do BNDES tiveram queda de 20% em 2017, menor valor em 18 anos

Por setores, os destaques na queda foram a indústria, com recuo de 50%, e comércio e serviços, com diminuição nominal de 21% ante 2016

Por Vinicius Neder
Atualização:

RIO - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou para empréstimos já aprovados R$ 70,751 bilhões em 2017, queda nominal (sem descontar a inflação) de 20% em relação a 2016. O valor desembolsado ano passado foi o menor desde 1999, quando o banco de fomento liberou R$ 67,859 bilhões, em valores atualizados.

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Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 30, no informativo Notas para a Imprensa, do BNDES. Levando em conta a atualização dos valores pelo IPCA, índice que mede a inflação tratada como oficial pelo governo, a queda nos desembolsos em 2017 ante 2016 foi de 22,4%. Os dados confirmam valores adiantados à imprensa por diretores do BNDES.

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou para empréstimos já aprovados R$ 70,751 bilhões em 2017, queda nominal (sem descontar a inflação) de 20% em relação a 2016 Foto: Pilar Olivares/Reuters

Novos financiamento. As aprovações de novos financiamentos, que ainda não foram concedidos pelo banco de fomento, totalizaram R$ 74,87 bilhões, um recuo nominal de 6% ante 2016. Já as consultas, primeira etapa do processo de pedido de crédito no BNDES, registraram R$ 99,24 bilhões em 2017, diminuição nominal de 10% em relação ao ano anterior. Os dados das consultas, geralmente, sinalizam o apetite por investimentos de longo prazo.

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Por setores, o destaque na queda do ano passado foram os empréstimos para os projetos industriais. O BNDES desembolsou R$ 15,044 bilhões para a indústria, recuo nominal de 50%. Já o setor de comércio e serviços recebeu R$ 14,477 bilhões, diminuição nominal de 21% ante 2016.

Na contramão, os empréstimos de longo prazo para projetos de infraestrutura cresceram 4% em termos nominais, atingindo R$ 26,854 bilhões. Já o setor do agropecuária desembolsou R$ 14,375 bilhões em empréstimos, alta de 3% ante 2016. 

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