PUBLICIDADE

Publicidade

Estatal enfrenta oposição de maoris na Nova Zelândia

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

WELLINGTONA unidade da Petrobrás na Nova Zelândia enfrenta oposição a seus trabalhos de pesquisa de energia no país, depois que uma tribo maori desafiou o direito de a companhia operar numa área do Oceano Pacífico.A tribo, conhecida como Te Whanau-a-Apanui, argumenta que tem uma reivindicação histórica para a área onde a Petrobrás está trabalhando e acusou o governo de não consultá-la antes de dar à companhia brasileira uma licença para exploração. De acordo com Dayle Takitimu, porta-voz da tribo, os membros mais velhos estão preocupados com o impacto ambiental na área, em East Cape. "Esse é o nosso pior pesadelo", afirmou Takitimu. "É uma loucura absoluta que o governo fique com essa mentalidade de escavar e perfurar."O problema ocorre num momento no qual a Nova Zelândia precisa abrir mais seu mar para a exploração de petróleo e gás, num esforço para impulsionar sua economia em declínio, correndo o risco de desagradar os ambientalistas, que estão preocupados com eventuais problemas na perfuração em águas profundas.A Petrobrás disse ter realizado um trabalho de pesquisa na área da bacia Raukumara, mas não quis dar mais detalhes sobre o assunto. No fim de semana, ativistas ambientais do Greenpeace nadaram na frente de um navio de exploração da companhia forçando-o a mudar o curso e causando problemas de segurança. A permissão de exploração durante cinco anos é a primeira concedida na região. Nunca nenhuma atividade comercial foi realizada na bacia Raukumara, que alguns acreditam ter potencial para a exploração de gás e petróleo.East Cape continua a ser uma das partes mais intocadas do litoral da Nova Zelândia. As águas dessa região são amplamente utilizadas pelos pescadores habituais e de recreio e muitos dos habitantes locais utilizam frutos do mar na sua alimentação. A exploração de petróleo gera preocupações sobre a poluição e a capacidade de manter a pesca.A polícia da Nova Zelândia disse que está monitorando a situação da costa. / DOW JONES NEWSWARESCríticasDAYLE TAKITIMU PORTA-VOZ DA TRIBO "É uma loucura que o governo fique com essa mentalidade de escavar e perfurar."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.