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Estrangeiros do petróleo pedem regras claras para investir

Por Agencia Estado
Atualização:

A necessidade de regras claras, maior facilidade de acesso a financiamentos e redução de riscos contratuais nas mudanças de tributos federal e estadual são reivindicações consensuais entre empresários internacionais presentes num seminário internacional de petróleo e gás, hoje no Rio. "Além disso, ainda estamos esperando que haja um maior acesso para os estrangeiros às áreas de maior qualidade que, na nossa opinião, ainda estão muito restritas à Petrobras ou ainda não foram disponibilizadas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP)", disse o gerente de novos negócios da Amerada Hess, Peter Mullin. Segundo ele, nas primeiras rodadas essas áreas mais interessantes foram oferecidas e depois "sumiram". "Agora o País vive um momento crítico, porque os investidores estrangeiros estão desapontados com seus resultados e esperam algo mais atrativo na sexta e sétima rodada. O governo precisa perceber a importância deste momento e facilitar as coisas, mais do que complicar, colocando novos impostos, como os que pretende o Estado do Rio de Janeiro", afirmou. Para Fernando Jaramillo, da British Petroleum, um dos obstáculos mais "preocupantes" para investidores interessados hoje em aplicar no País são o risco contratual e o risco político. "Gostamos de grandes riscos, mas gostamos de riscos que podem ser administrados e que nos dêem em troca grandes recompensas", disse. "Afirmamos categoricamente que temos disponibilidade de aumentar nossos investimentos, desde que haja maior alinhamento nos contratos e não esta tendência que sentimos de que tudo pode mudar a qualquer momento". O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim, presente ao evento, discordou da avaliação dos estrangeiros. "Gostaríamos que um investidor analisasse o Brasil pelo que ele é e não pelo que conhece em geral das Américas", disse. "Seria interessante que um investidor no mercado nacional tivesse a preocupação de conhecer a fundo o Brasil e não a América Latina".

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