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Estudante diz que não recebeu orientação sobre empréstimos

Jovem tomou crédito duas vezes, US$ 20 mil e US$ 50 mil, desde o ano 2000, hoje deve ainda pelo menos US$ 80 mil

Por WASHINGTON
Atualização:

Lex Sonne tinha 18 anos quando contraiu um empréstimo de US$ 20 mil para pagar seu curso de graduação em inglês, iniciado em 2000. Cinco anos depois, assumiu nova dívida, de US$ 50 mil, para custear sua formação como escritor. "Não recebi nenhum aconselhamento. Nenhuma das escolas explicou exatamente o tipo de financiamento que eu estava fazendo", disse ao Estado. Em sua avaliação, o débito está hoje em quase US$ 80 mil (R$ 177,7 mil). "Do ponto de vista psicológico, é um enorme estresse saber que tenho uma dívida desse tamanho sobre a minha cabeça", observou Sonne, que ganha cerca de US$ 40 mil (R$ 88,9 mil) por ano trabalhando como revisor freelancer. Quando terminou sua graduação em Ciência Política, em 2012, Michael Persley começou a desembolsar parcelas mensais de US$ 340 (R$ 755) para quitar o empréstimo de US$ 35 mil que havia contraído em 2007. Um ano depois ele voltou à universidade para uma pós-graduação em Jornalismo e obteve um novo financiamento de US$ 60 mil. O retorno à condição de estudante permitiu que ele suspendesse os pagamentos do primeiro empréstimo. Pelos seus cálculos, o valor mensal que terá de devolver quando concluir os estudos, no fim do ano, será de pelo menos US$ 700, mais do que paga de aluguel atualmente.Mas ele afirmou que o acesso ao crédito universitário foi crucial na definição de seu futuro. "Se eu não tivesse o empréstimo eu estaria provavelmente trabalhando em um posto de gasolina ou em um supermercado", observou Persley, que sonha em ser contratado por um jornal ou emissora de TV. /C.T.

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