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Estudo aponta desvantagens de terceirizados

Por Lu Aiko Otta e BRASÍLIA
Atualização:

Os trabalhadores terceirizados ganham 27,1% a menos que os diretamente contratados, trabalham três horas semanais a mais, têm menos benefícios e estão mais sujeitos a acidentes de trabalho e morte. É o que mostra estudo elaborado pelo Dieese e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), apresentado no seminário promovido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). O estudo relata que até no Palácio do Planalto há cerca de 300 funcionários terceirizados que não conseguem receber atrasados. A prestadora de serviços que os contratou deixou de atender a Presidência em dezembro de 2010 e não pagou parte dos salários. O Planalto obteve autorização na Justiça para bloquear os R$ 477,7 mil para entregar diretamente aos funcionários, que foram contratados por outra empresa de serviços terceirizados. O risco de "calote" é um dos maiores problemas enfrentados pelos trabalhadores, diz o estudo. Sobretudo no setor público, onde as prestadoras de serviço são contratadas por licitações em que o critério é o menor preço, é comum elas prometerem prestar serviços por valores que não cobrem os direitos trabalhistas. Não raro essas empresas "desaparecem", deixando dívidas. Além de ganhar menos e trabalhar mais, os terceirizados são empregados em funções que trazem maior risco. O estudo cita levantamento da seção mineira do Dieese, pelo qual morreram 239 trabalhadores no setor elétrico entre 2006 e 2008, desses 193, ou 80,7%, eram terceirizados.

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