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EUA criam 213 mil empregos em junho, 93º mês seguido de alta no país

Série já é a maior da história; para analista, ritmo de alta de salários sugere que ainda há espaço para melhora na estrutura de empregos

Por Ricardo Leopoldo
Atualização:

NOVA YORK - Os Estados Unidos criaram 213 mil empregos em junho, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta sexta-feira, 6, pelo Departamento do Trabalho norte-americano. O resultado marca o 93º mês seguido de criação de empregos no país, a série mais longa da história.

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Por outro lado, a taxa de desemprego subiu de 3,8% em maio - a menor desde abril de 2000 - para 4% em junho. A previsão era de manutenção da taxa, a 3,8%.

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Números revisados mostraram que a economia americana gerou 244 mil postos de trabalho em maio e 175 mil em abril, resultando num ganho líquido de 37 mil no período Foto: Reuters

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Números revisados mostraram que a economia americana gerou 244 mil postos de trabalho em maio e 175 mil em abril, resultando num ganho líquido de 37 mil no período.

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O salário médio por hora dos trabalhadores subiu 0,19% no mês passado ante maio, ou US$ 0,05, para US$ 26,98 por hora. Na comparação anual, o aumento foi de 2,7%.

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Bank of America. Para o analista Joseph Song, economista sênior para os Estados Unidos do Bank of America Merrill Lynch, essa alta de salários continua em ritmo moderado, o que sugere que ainda há espaço para melhora na estrutura de empregos, com o aumento da geração de postos em período integral.

"O payroll de junho reforça a tese de membros "dovish" (menos rígidos contra a inflação) do Federal Reserve que defendem três altas de juros neste ano", comentou Song. "Os dados de emprego fortalecem a defesa deles de que a inflação deve ficar acima da meta de 2% por um certo período, a fim de assegurar uma trajetória de expansão mais vigorosa do mercado de trabalho e da economia." Ele estima que o núcleo do índice de preços de gastos ao consumo deve atingir 2,0% em dezembro.

Song acredita que a geração de empregos nos EUA vai bem, pois atingiu um patamar médio de 215 mil vagas nos últimos seis meses e levou a taxa de desemprego para 4,0% em junho. Ele estima que em julho o vigor do mercado de trabalho será mantido e projeta uma geração próxima de 200 mil postos. Sua previsão considera uma conjuntura favorável da economia americana para este ano, pois prevê uma alta do PIB de 3,0%.

Na avaliação do economista, embora o Federal Reserve já manifeste em documentos preocupações com disputas comerciais envolvendo os EUA, como ocorreu na quinta-feira com a alta da reunião de junho, ele acredita que o Fed deve subir os juros quatro vezes neste ano. 

"Impactos destes contenciosos levam tempo para atingir o nível de atividade. Pode até gerar efeitos mais adiante, mas no atual momento é viável elevações das taxas em setembro e dezembro", destacou. / COM DOW JONES NEWSWIRES

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