PUBLICIDADE

Europa, Índia e Japão ameaçam retaliar os EUA

Europa, Índia e Japão apresentaram notificações à Organização Mundial do Comércio (OMC) no valor de US$ 4,6 bilhões em retaliação contra bens americanos

Por Jamil Chade e correspondente em Genebra
Atualização:

Europa, Índia e Japão apresentaram ontem notificações à Organização Mundial do Comércio (OMC) no valor de US$ 4,6 bilhões em retaliação contra bens americanos. A medida é uma resposta às barreiras comerciais consideradas pelo governo de Donald Trump no setor do aço. E o valor das retaliações deve aumentar, já que Rússia, Turquia e Taiwan devem seguir o mesmo caminho, a partir da semana que vem.+ ‘O populismo pode enfraquecer as instituições dos EUA’, diz economista

Por enquanto, a Casa Branca anunciou a imposição de uma tarifa elevada de importação apenas para o aço chinês. Mas manteve os principais parceiros comerciais no limbo, ao anunciar que ainda teria de negociar com cada um deles uma isenção.

A medida é uma resposta às barreiras comerciais consideradas pelo governo de Donald Trump no setor do aço. Foto: AFP/Yuri Gripas

PUBLICIDADE

Enquanto nos bastidores o tema é alvo de debates entre as diplomacias dos diversos governos, a notificação de uma eventual retaliação na OMC foi a forma encontrada pelos parceiros comerciais de Trump para deixar claro que não irão hesitar em aplicar uma resposta aos produtos americanos.

+ Proposta dos EUA reduz em 30% exportações brasileiras de aço acabado

Com o envio da lista de seus produtos que poderiam ser sobretaxados, o objetivo da Europa é o de mostrar ao presidente americano de que tem sua “arma carregada”, caso precise puxar o gatilho. “Ninguém quer fazer isso”, explicou ao Estado um alto funcionário da diplomacia de Bruxelas. “Mas o que precisamos fazer é colocar as balas na arma”, disse.

+ Para Buffett, EUA e China evitarão 'algo extremamente tolo' no comércio

No total, a lista europeia tem produtos americanos que representam exportações anuais de US$ 3,3 bilhões. Cuidadosamente desenhada, a lista incluiu produtos fabricados em Estados ligados à base de apoio de Trump. Inclui não apenas produtos siderúrgicos, mas também milho, arroz e até a tradicional manteiga de amendoim.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.