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Executivos são monitorados antes de divulgar balanços

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Por Redação
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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) criou uma força-tarefa para garantir o cumprimento da regulação e monitorar as suspeitas de uso de informações privilegiadas. Umas das iniciativas é acompanhar 100% das negociações realizadas pelos administradores de companhias abertas nos 15 dias que antecedem a divulgação de seus balanços financeiros. Como estão mais próximos da tomada de decisão das empresas, executivos e conselheiros são considerados potenciais infratores. As regras da CVM proíbem que eles negociem papéis das companhias na véspera da publicação de informações financeiras - a regra passou a valer neste primeiro trimestre, disse ontem o presidente do órgão, Leonardo Pereira, durante evento no Rio. Pereira explicou que a força-tarefa será responsável também por pesquisar novas tecnologias e métodos de investigação, além de estudar como a CVM pode se organizar para punir as irregularidades de forma eficaz. O planejamento delineado pela autarquia em 2013 prevê iniciativas como a centralização de informações recebidas e expansão do sistema de informática da CVM, que permitirá que os depoimentos sejam coletados eletronicamente.Pereira reforçou ainda a necessidade de aceleração de processos do órgão e reconheceu que as sanções aplicadas nem sempre são vistas como suficientes. A ordem é limpar as prateleiras e zerar os processos iniciados antes de 2013 até o fim do ano que vem. A partir de 2016, a meta é que os julgamentos ocorram em até dois anos. "Levar a julgamento um caso velho, de dez anos, não é positivo. A Justiça que tarda falha." Casos polêmicos como as perdas de investidores das empresas de Eike Batista, acusado de uso de informação privilegiada, têm gerado críticas à CVM. / M.D.

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