Publicidade

Expectativa de vida no Brasil sobe 5,57 anos entre 1991 e 2007

No ano passado, tempo de vida médio dos brasileiros era de 72,57 anos; diferencial por sexo tem recuo discreto

Por Jacqueline Farid e da Agência Estado
Atualização:

A população brasileira ganhou 5,57 anos, entre 1991 e 2007, em sua expectativa de vida ao nascer, ao passar de 67 anos, em 1991, para 72,57 anos, em 2007, segundo mostra a Tábua Completa de Mortalidade divulgada nesta segunda-feira, 1, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2006, a esperança de vida para o Brasil era de 72,28 anos e cresceu, portanto, 3 meses e 14 dias no transcurso de 1 ano. O diferencial por sexo que, em 1991, era de 7,70 anos, "experimentou um discreto declínio", passando para 7,62 anos, em 2007.   Veja também: Entenda o fator previdenciário e o que pode mudar   Desde 1999, o IBGE divulga anualmente a tábua completa de mortalidade da população brasileira, em cumprimento ao disposto no Artigo 2º do Decreto Presidencial nº 3.266 de 29/11/1999. Os dados da Tábua de Vida são utilizados pelo Ministério da Previdência Social no cálculo do fator previdenciário das aposentadorias das pessoas regidas pelo Regime Geral da Previdência Social.   A sobremortalidade masculina no Brasil passou de 3,34, em 1991, para 4,20, em 2007, no grupo etário de 20 a 24 anos. Isso significa que a chance de um homem falecer com idade entre 20 e 24 anos era quatro vezes maior que a de uma mulher no mesmo grupo etário no ano passado.   No texto de divulgação da pesquisa, os técnicos do IBGE observam que "se as mortes por causas externas, particularmente as mortes violentas, não tivessem adquirido tamanha dimensão, a esperança de vida ao nascer de um brasileiro poderia ser superior em 2 ou 3 anos". Eles acrescentam que "a morte prematura de jovens do sexo masculino por causas externas é um fato social desconfortável para o País, sobretudo, por serem em grande parte fruto da violência que se instaurou na sociedade brasileira, abrindo chagas que teimam em não cicatrizar".   A pesquisa mostra que a taxa de mortalidade infantil (óbitos de menores de 1 ano de idade por cada mil nascidos vivos) declinou de 45,19 por mil, em 1991, para 24,32 por mil, em 2007, representando uma de diminuição porcentual acima de 46%, em 16 anos. Segundo os técnicos do IBGE, neste sentido, "é importante mencionar que o Brasil, como signatário da Cúpula do Milênio, tem como meta alcançar, até 2015, uma taxa de mortalidade infantil próxima a 15 por mil, e a projeção sinaliza uma taxa de 18,20 por mil".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.