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Fed dá mais sinais de que vai aumentar juros nos próximos meses

Declarações de diretores indicam que banco vê bases sólidas na economia americana, mas se preocupa com saída da Grã-Bretanha da UE

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Por Redação
Atualização:

O Federal Reserve americano continua assentando as bases para um aumento nas taxas de juro nos próximos dois meses. Um oficial de alto escalão afirmou que a economia está pronta para um movimento como esse "muito em breve". 

O diretor do Fed Jerome Powell, um dos membros votantes do comitê do banco central que define as taxas, afirmou em um discurso em Washington que sente a economia em bases sólidas e dentro das metas de inflação e emprego do Fed.

Janet Yellen, presidente do Federal Reserve (Fed) Foto: REUTERS/Joshua Roberts

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Mas acrescentou que a incerteza sobre o resultado do referendo do dia 23 de junho que decidirá se a Grã-Bretanha deixará ou não a União Europeia foi um argumento para o Fed ter cautela ao analisar se eleva ou não as taxas em sua reunião nos dias 14 e 15 de junho. Outro encontro acontece entre 26 e 27 de julho.

Powell, no entanto, manteve um tom positivo sobre a economia americana em sua aparição no Instituto Peterson de Economia Internacional, tornando-se mais um oficial do Fed a dizer nos últimos dias que pode ser a hora de aumentar mais um pouco os juros.

O conselho do Fed tem papel decisivo na determinação da política monetária e seus membros têm voto permanente no comitê que define as taxas dos fundos federais.

Segundo Powell, os dados que mostram o crescimento contínuo dos empregos e as evidências do aumento da renda são sinais mais importantes do que a recente diminuição do gasto de consumidores e em investimentos. “Essas são boas razões para pensar que o crescimento subjacente é mais forte do que esses números sugerem”, afirmou. “Se os próximos dados confirmarem essa expectativa, eu veria como apropriado continuar um aumento gradual das taxas dos fundos federais.” 

Powell falou um dia antes de uma aparição pública prevista da presidente do Fed, Janet Yellen. Suas declarações nesta sexta-feira, assim como as de um discurso previsto para o início de junho, serão analisadas minuciosamente como pistas sobre sua posição na próxima reunião do Fed.

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Depois de subir as taxas pela primeira vez em uma década no mês de dezembro, o Fed observa com cuidado o vai e vem da economia global e o fraco crescimento na China, Europa e Japão, que ameaçam tirar a economia americana dos trilhos.

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