Grande e marrudo, com cara de briga, o KC-390 é uma mina de ouro para a Embraer - com suas 23 toneladas de carga e 35 metros de envergadura, o jato de múltiplo emprego vai disputar 15% de um rico mercado mundial estimado em pouco mais de 700 aviões dessa classe a serem encomendados por 77 países ao longo dos próximos 20 anos.
No total, significa novos negócios na faixa de US$ 50 bilhões - a Embraer contempla a possibilidade de levar US$ 7,5 bilhões desse pacote, ou mesmo US$ 10 bilhões, como disse ontem, em Gavião Peixoto, o ministro da Defesa, Celso Amorim. A empresa recebeu de clientes internacionais, cartas de intenção de aquisição de 32 KC-390.
A Força Aérea é a cliente inicial e parceira no programa. Encomendou 28 unidades e há três semanas formalizou a dotação financeira da ordem de US$ 1,9 bilhão. O compromisso vai até 2026. Na fase preliminar de desenvolvimento, foram investidos R$ 4,9 bilhões. O primeiro voo da aeronave está previsto para as próximas semanas e a primeira entrega para meados de 2016. O KC-390 vai substituir na FAB a frota dos C-130 Hércules, fabricados nos Estados Unidos.