Publicidade

Fipe prevê inflação de 0,45% para maio

Por Agencia Estado
Atualização:

O coordenador da pesquisa de preços da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Paulo Picchetti, previu hoje uma taxa de inflação de 0,45% para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) em maio. Esta é a mesma taxa com a qual ele iniciou suas expectativas no final de março para o IPC de abril, que fechou em 0,83%. De acordo com Picchetti, da inflação do mês passado, 0,35 ponto porcentual veio do grupo alimentação. "Se não fossem os alimentos, o IPC de abril teria fechado próximo da minha previsão inicial, de 0,45%", afirmou o coordenador. O resto da inflação de abril foi dividido basicamente entre os grupos transporte e saúde, que estavam na conta da Fipe. Já para maio, Picchetti acredita que a inflação cairá quase pela metade porque os alimentos, especialmente os in natura, já começam a mostrar tendência de reversão da alta registrada nos últimos meses. Dentro do grupo alimentação, o único produto que deve continuar pressionando a inflação dos alimentos é o feijão, que já subiu 6,52% em abril e mantém a tendência de alta na ponta. Contribuições para inflação menor Outra categoria de preços que deve contribuir para uma inflação menor este mês, de acordo com o coordenador da Fipe, são os preços administrados, que em abril subiram 0,47% ante um aumento de 1,80% em março, mas que devem desacelerar ainda mais porque já não contarão com a pressão do aumento do ônibus. A passagem de ônibus no mês passado ficou no topo das maiores altas do IPC-Fipe, com uma variação de 2,14%, mas já será zerada na primeira quadrissemana de maio. Outra indicação de que o IPC-Fipe de maio deverá ficar menor que o de abril, segundo Picchetti, vem da cesta de produtos industrializados, que fecharam o mês passado com alta de 1,10% ante 0,11% em março, mas que estão apenas traçando uma trajetória de recuperação das perdas em relação à inflação no acumulado dos últimos doze meses. Ainda os remédios, de acordo com Picchetti, cujo aumento médio esperado era de 6%, devem contribuir para uma inflação menor em maio, uma vez que esse patamar foi atingido na semana passada e que nesta já estão com uma variação menor. Os medicamentos que mais subiram em abril foram os do sistema cardiovascular (5,35%), antiinfecciosos (5,82%), vias respiratórias (4,67%), antiinflamatórios (4,80%) e vitaminas (4,69%).

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.