Pecém, CEARÁ - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, comentou o déficit primário nas contas do setor público consolidado, de R$ 9,3 bilhões em junho. Segundo ele, o resultado é uma combinação de receita que, por diversas razões, está vindo um pouco mais fraca, e de algumas medidas que foram enviadas ao Congresso mas não foram aprovadas completamente.
"Também não é uma coisa absolutamente singular, apesar de ter algum impacto nas contas", disse Levy, durante entrevista que concedeu antes de visitar o Ceará Porto, no complexo siderúrgico de Pecém, cidade a 60 quilômetros da capital, Fortaleza.
Ainda de acordo com Levy, o déficit reflete os esforços para pagamento de diversas contas que se avolumaram nos últimos tempos. "É que a gente está normalizando essas coisas. Então, num primeiro momento, o resultado é impactado", justificou o ministro.
Ele disse, no entanto, achar que no segundo semestre do ano a situação será normalizada e o governo poderá entregar, com muito esforço, um resultado primário mais forte. Segundo Levy, o governo tem uma meta de superávit primário que, com os resultados melhores na segunda metade de 2015, será cumprida.