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'Foi ato de malandragem', diz BNDES sobre eleição de novo presidente da JBS

Paulo Rabello, presidente do banco, consultará CVM sobre reunião 'na cala da noite' que alçou o pai dos Batistas ao comando da empresa

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Por Redação
Atualização:

O BNDES vai consultar a Comissão de Valores (CVM) sobre a validade da reunião do conselho de administração da JBS que, no último sábado, 16, elegeu José Batista Sobrinho, fundador da empresa e pai dos irmãos Batista, novo presidente-executivo da companhia.

Zé Mineiro, como é conhecido o empresário, assume o comando do frigorífero no lugar do filho Wesley Batista, que está preso.

Em entrevista à agência Reuters, Paulo Rabello de Castro disse que a reunião “na calada da noite foi um ato de malandragem” e que a representante do BNDSPar no conselho, Claudia Silva de Azeredo Santos, não deveria ter comparecido.

Rabello de Castro não confirmou se concorrerá à Presidência da República, mas afirmou que não pode 'descartar nada em 2018'. Foto: Wilton Junior/Estadão

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Novo conselho. Rabello de Castro disse ainda que o BNDESPar, braço de participações do BNDES, apresentará ainda nesta segunda-feira, 18, indicação de dois novos representantes para compor o conselho da JBS.

Desde a semana passada ele diz que o banco de fomento irá trocar seus dois conselheiros na empresa.

O BNDES tem direito a dois assentos no conselho de administração da companhia e a alteração tem por objetivo ampliar a influência sobre as futuras decisões da empresa. 

"Temos direito a dois assentos no conselho. Neste momento estamos alterando os dois nomes que são nossos. Queremos, sim, influir nos outros dois nomes que constituem os conselheiros independentes, que eventualmente podem ser trocados. Eventualmente, queremos influir indiretamente na escolha da diretoria financeira da empresa", afirmou Rabello.

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Após aportes bilionários durante os governos do PT, para apoiar a internacionalização da JBS, o BNDES ficou com uma participação de 21,3% da companhia. Em agosto, o banco pediu uma assembleia de acionistas para tirar a família Batista da administração do frigorífico. / COM REUTERS

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