RIO - Depois de terem contribuído para segurar a inflação em 2013, as tarifas de energia elétrica têm ficado mais salgadas para os consumidores em 2014. O item já subiu 11,66% no acumulado de janeiro a agosto.
No ano passado, a redução nas tarifas foi de 15,66%, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"No ano de 2014, um dos itens que tem pressionado (a inflação) é a energia elétrica. Ao contrário de 2013, quando foi o item mais importante para segurar a inflação. Naquele ano foram feitas várias revisões tarifárias e as contas ficaram mais baratas. Neste ano, com os problemas do setor, os reajustes têm sido relativamente altos, e as contas ficaram mais salgadas para o consumidor", afirmou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.
Em agosto, as tarifas subiram 1,76%, contribuindo com 0,05 ponto porcentual no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que avançou 0,25% no mês passado. Em 12 meses, o índice acumula variação de 6,51% e estourou, ainda que por pouco, o teto da meta estipulada pelo governo, de 6,50%.
Foram contabilizados reajustes em Belém, Vitória, São Paulo e Brasília. Além disso, houve aumento de impostos em Campo Grande e Goiânia.
Apesar disso, o aumento foi menor que em julho (4,52%), o que levou o grupo Habitação a desacelerar de 1,20% para 0,94%, segundo o instituto.