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Fundos de pensão e Citibank se unem contra Opportunity

Por Agencia Estado
Atualização:

Os três maiores fundos de pensão das empresas estatais (Previ - Banco Brasil; Petros - Petrobras; e Funcef - Caixa) se uniram hoje ao Citibank para assumir o controle das empresas que estão sendo administrados em conjunto com o banco Opportunity, de Daniel Dantas. Eles estabeleceram um prazo de "até três meses" para comprar a Brasil Telecom, Telemig, Amazônia Celular, Santos Tecon e Metrô do Rio. Pelo acordo, os fundos se comprometem a comprar a parte do banco no bloco de controle das empresas. Em entrevista de quatro horas, os presidentes dos três fundos, Sério Rosa (Previ), Wagner Pinheiro (Petros) e Guilherme Lacerda (Funcef), ao lado do representante do Citibank (Sérgio Spinelli) e da empresa de gestão de investimentos Angra Partners (Alberto Güth) detalharam o acordo fechado com o banco norte-americano. Segundo Güth, a intenção dos fundos e do Citibank é vender essas empresas, sendo a primeira delas a Telemig Celular e a Amazônia Celular. Ele garantiu que os fundos não pretendem fazer alterações radicais nas companhias, limitando-se basicamente "ao presidente e talvez o diretor financeiro". Ele informou que já houve "conversas" com dois possíveis interessados na telefônica celular mineira, que seriam a Vivo (a espanhola Telefônica e Portugal Telecom) e o Claro (a mexicana Telmex). Mas não quis avaliar quais delas teriam maiores chances. De acordo com o advogado do Citibank, Sérgio Spinelli, o banco norte-americano decidiu "mudar de lado" na disputa entre o Opportunity e os fundos ao constatar que o grupo de Daniel Dantas deu sinais de que pretendia "se perpetuar na gestão das empresas". Spinelli afirmou que o Citibank estava preocupado com a atuação do Opportunity por "gerar conflitos sistemáticos". Ele citou como exemplo as mais de 100 ações judiciais que o banco participa como réu ou parte relacionada. "Nunca, em lugar nenhum, o Citibank esteve envolvido em tantas ações judiciais como nesse caso", criticou. O diretor da Angra Partners, que administra recursos dos fundos, disse "que os fundos de pensão das estatais são gestores de grande volume de recursos e não seria interesse do Citibank permanecer em conflito permanente com essas instituições". Güth, considera que os fundos fizeram um "bom negócio" ao negociar com o Citibank.

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