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Ganho nas micro e pequenas empresas cresce 1,1%

Em reais, o rendimento médio de fevereiro atingiu R$677, total 6,8% maior que o do mesmo período do ano passado

Por Agencia Estado
Atualização:

Seguindo a trajetória de alta verificada desde julho de 2005, o rendimento médio dos empregados das micro e pequenas empresas paulistas aumentou 1,1% em fevereiro ante janeiro, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de São Paulo (Sebrae-SP). De acordo com a pesquisa, o rendimento médio registrado em fevereiro, de R$677, - que inclui salários fixos, honorários, comissões, ajuda de custo, 13º e abono de férias - é 6,8% maior que o do mesmo período do ano passado. O resultado, entretanto, continua abaixo do melhor fevereiro da série, em 2000, quando a mediana foi de R$733. A pesquisa de Ocupações e Rendimentos do Sebrae, realizada em conjunto com a Fundação Seade, revelou que em relação a janeiro, por setores, o incremento na renda do trabalhador das micro e pequenas empresas do Estado foi de 1,9% no comércio e de 1,6% nos serviços, enquanto na indústria foi verificada queda de 2,2% nos rendimentos em fevereiro. No entanto, a indústria foi o setor que pagou melhor o empregado no mês, com renda média de R$739. Trabalhadores do comércio e do setor de serviços receberam, respectivamente, 14% e 2% abaixo deste valor. Emprego O levantamento ainda revelou que foram criadas 10 mil vagas em fevereiro nas 1,3 milhão de micro e pequenas empresas formais do Estado, na comparação com o mesmo período do ano passado, o que representa uma alta de 0,2%. Em relação a janeiro, contudo, 94 mil postos de trabalho foram fechados. Na comparação com janeiro, por setores, apenas a indústria contratou, com um aumento de 1% no número de pessoal ocupado. No comércio, esse total caiu 1,5% e, nos serviços, 3,2%. "A queda de empregados que normalmente acontece em janeiro parece ter se estendido para fevereiro. Talvez os empresários tivessem uma expectativa que as vendas ficariam mais aquecidas no primeiro trimestre, e decidiram manter os temporários por mais tempo. Mas, como em fevereiro não verificaram esse aquecimento nas vendas, optaram pela dispensa de seus temporários", avaliou o economista do Sebrae-SP Marco Aurélio Bedê. O diretor-superintendente do Sebrae-SP, José Luiz Ricca, afirmou esperar a retomada da expansão das ocupações nas micro e pequenas empresas, "que tendem a ser favorecidas pelo aumento do consumo das famílias, em decorrência da esperada recuperação do valor real dos salários na economia e da redução das taxas de juros".

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