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Gasolina deve subir 4% a 4,5% na bomba, calcula economista

Segundo Flávio Serrano, do grupo chinês Haitong, o impacto do reajuste na inflação de outubro deve ser 0,15 ponto porcentual

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Além do repasse da alta nas refinarias, o preço da gasolina deve subir novamente por conta do reajuste do etanol até o fim do ano, quando começa a entressafra da cana-de-açúcar Foto: Tiago Queiroz

(Atualização às 11h45)

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RIBEIRÃO PRETO - O economista-sênior do Haitong, Flávio Serrano, avaliou que a alta de 6% da gasolina nas refinarias, anunciada ontem pela Petrobrás, deve trazer aumento de 4% a 4,5% nos preços do combustível nas bombas. Com isso, o impacto do reajuste no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro deve ser 0,15 ponto porcentual.

Além do repasse da alta nas refinarias, o preço da gasolina deve subir novamente por conta do reajuste do etanol até o fim do ano, quando começa a entressafra da cana-de-açúcar. Com oferta menor, o preço do etanol anidro, misturado em 27% à gasolina, deve aumentar. Com o impacto do reajuste do etanol, a gasolina deve ter um reajuste total de 5% a 6% até o fim do ano pelos cálculos do economista e gerar um impacto 0,25 pp no IPCA.

Já o reajuste de 4% no diesel nas refinarias não gera impacto direto no IPCA, porque o combustível tem uma participação pequena na formação do indicador de inflação. Mas, segundo Serrano, a posterior alta do diesel nas bombas deve chegar futuramente ao IPCA, com aumento de custos em transportes de cargas e passageiros.

Segundo Serrano, a alta dos combustíveis de petróleo surpreendeu porque a Petrobrás tinha uma defasagem de apenas 1% entre os preços internacionais e os domésticos da gasolina. Já no caso do diesel, a estatal conseguia uma vantagem de 11% na comparação dos preços. Isso ocorre porque a alta do dólar no Brasil foi mitigada pela redução nos preços internacionais do petróleo. "Com o aumento da gasolina, a Petrobrás volta a ter ganhos no preço de realização", concluiu. 

Outros cálculos. Para o Credit Suisse, o aumento nas bombas será de 3,5%, considerando margens inalteradas para distribuidores e revendedores e nenhuma mudança na tributação (PIS/Cofins e Cide). Nesse cenário, a instituição estima que a cotação do etanol hidratado, utilizado diretamente no tanque dos veículos, terá impacto e subirá em torno de 5% para os produtores, passando de R$ 1,30 para R$ 1,36 por litro.

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