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Gazprom endurece e dobra preço de gás para Ucrânia

Estatal russa interrompeu entregas de gás para o país depois que negociações não resultaram em acordo

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Por Redação
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A estatal OAO Gazprom, da Rússia, informou ontem que está elevando o preço que quer que a Ucrânia pague por seu gás natural, endurecendo sua posição na disputa que reduziu o fornecimento de gás para a Europa. A Gazprom afirmou que fixará o preço do gás natural para a Ucrânia em janeiro em US$ 450 por 1.000 metros cúbicos, mais do que o dobro do nível do ano passado, para tentar atrair o país de volta a negociações sobre um novo acordo de oferta. A Gazprom interrompeu as entregas de gás para a Ucrânia na quinta-feira depois que negociações de última hora entre Moscou e Kiev não resultaram em acordo para um novo contrato para 2009. Durante as negociações, Kiev rejeitou uma proposta que elevaria o preço do gás para US$ 250 por 1.000 metros cúbicos. Em 2008 o preço foi de US$ 179,5. O presidente-executivo da Gazprom, Alexei Miller, afirmou que a Ucrânia não respondeu a propostas que estabeleciam o preço em US$ 370 e US$ 478, e que, por isso, a empresa irá estabelecer o preço de janeiro em US$ 450. "Espero que o preço de janeiro em US$ 450, que é o preço que países do Leste Europeu pagam atualmente pelo gás, traga a Ucrânia de volta à mesa de negociação", disse Miller. Em meio ao impasse, a Gazprom acusa a empresa estatal de energia da Ucrânia, a Naftogaz, de interromper as entregas de gás russo para a Europa, seu mercado mais lucrativo. A oferta de gás natural da Rússia para a Turquia via Ucrânia diminuiu de 40 milhões de metros cúbicos por dia para 38 milhões, após a decisão da estatal russa OAO Gazprom de interromper o fornecimento de gás para a Ucrânia, afirmou ontem uma autoridade do Ministério de Energia da Turquia, segundo a agência de notícias Iha. No entanto, segundo a autoridade, a quantidade de gás fornecida para a Turquia não foi afetada Negativamente, já que o nível atual ainda atende às necessidades de consumo. "Apenas uma redução para 10 milhões ou para 20 milhões de metros cúbicos afeta a Turquia negativamente", disse a autoridade. "Estamos preparados para reduções dessa magnitude."

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