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GM quer liderar mercado de veículos elétricos no Mercosul, diz executivo

Companhia tem como meta lançar 20 produtos elétricos no mundo nos próximos cinco anos

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Por Redação
Atualização:

O presidente da General Motors para o Mercosul, Carlos Zarlenga, afirmou nesta segunda-feira, 9, que a montadora norte-americana quer liderar o mercado de veículos elétricos no bloco econômico nos próximos anos.

Falando durante Congresso Autodata Perspectivas 2018, o executivo afirmou que a GM tem como meta lançar 20 produtos elétricos no mundo nos próximos cinco anos.

A GM deve anunciar novos investimentos no Brasil em breve. Foto: Stan Honda/AFP

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“Se somos líderes no Mercosul (em vendas), temos que liderar em eletrificação”, disse o executivo. “Para liderarmos no Mercosul, vamos ter que trabalhar isso no Brasil também”, acrescentou Zarlenga, sem dar mais detalhes.

O executivo comentou que a venda de um veículo na região gera uma média de “US$ 25 mil a US$ 30 mil incluindo pós-venda, mas se você pensar nos ganhos que tecnologias como veículos autônomos poderão gerar isso sobe para 500 mil ao longo da vida útil do veículo”, disse Zarlenga.

O executivo comentou à Reuters que o mercado brasileiro deverá passar por uma “evolução muito rápida” nos próximos anos.

Ele acrescentou que a GM deve anunciar novos investimentos no Brasil em breve. A empresa já anunciou investimentos de R$ 4,5 bilhões entre este ano e 2020, dentro de um pacote de R$ 13 bilhões que vem sendo aplicado desde 2014.

“Não acabamos com anúncios de investimento e vamos ter mais um proximamente”, afirmou o executivo na apresentação durante o congresso.

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Questionado pela Reuters sobre o foco da GM nos próximos investimentos, Zarlenga comentou que a montadora pretende ter lançamentos “em segmentos novos em que ainda não participamos”. Um exemplo é o utilitário esportivo Equinox, que teve vendas no país anunciadas pela montadora neste ano.

A categoria de SUVs foi uma das poucas a apresentar crescimento durante a crise do mercado nacional e tem continuado a atrair interesse, com novas entrantes no país, como a sul-coreana Ssangyong, que pretende voltar a exportar seus modelos de SUV e picapes para o Brasil a partir de 2018.

“Temos uma expectativa muito forte sobre a Equinox, segmento em que não estamos”, disse Zarlenga, que espera um crescimento do mercado brasileiro de veículos em 2018 de 7% a 16%, para algo entre 2,4 milhões e 2,6 milhões de unidades.

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Mais cedo, em apresentação gravada para o congresso, o presidente associação de montadoras do país (Anfavea), Antonio Megale, afirmou que a entidade prevê que as vendas de veículos no país cresçam dois dígitos no próximo ano, ante uma expansão projetada para 2017 de 7,3%.

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