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Governo adia anúncio de nova meta fiscal

Nesta sexta, TCU informou que não há nenhuma determinação de que as pedaladas sejam pagas em parcela única

Por Tania Monteiro
Atualização:

BRASÍLIA - Em meio à pressão da Comissão Mista de Orçamento e do Tribunal de Contas da União (TCU), o governo decidiu adiar o anúncio do tamanho do rombo de 2015, anteriormente previsto para esta sexta. A Comissão exige saber os detalhes do Orçamento de 2015 o quanto antes e cobra que os números sejam realistas, enquanto o TCU julgou irregulares as pedaladas fiscais.A disposição de parte do governo, neste momento, é de que a nova meta só deverá ser encaminhada ao Congresso o mais próximo possível do prazo limite de envio, que é 22 de novembro. Mas, na área econômica, há quem defenda que essa remessa tenha de ser feita o mais rápido possível para acalmar o mercado financeiro. A decisão caberá à presidente Dilma Rousseff, que ainda não bateu o martelo.

TCU julgou pedaladas fiscais irregulares Foto: Dida Sampaio/Estadão

Na quinta-feira, o governo chegou a reconhecer que o rombo poderia passar dos R$ 76 bilhões em 2015, caso o TCU não concorde com o pagamento parcelado das pedaladas.Nesta sexta, o TCU distribuiu nota dizendo "que não há qualquer determinação do tribunal para que o pagamento dos recursos referentes às chamadas 'pedaladas fiscais' seja feito em parcela única ou diferido no tempo". A afirmação veio em resposta à fala do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, na noite de quinta-feira, de que o tribunal havia "sugerido" que tudo deveria ser pago em parcela única. O TCU, na verdade, disse que a sua recomendação só virá depois de julgamento dos dois recursos, em plenário, que não tem data para ser votado.Para o governo, esse "tempo extra" dado pelo TCU pode ser usado para refazer as contas e buscar novas fontes de receita para melhorar a situação fiscal.

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