O governo confirmou nesta quarta-feira que a parcela mínima da prestação da terceira etapa do Minha Casa Minha Vida será de R$ 80. Na segunda etapa, o valor mínimo que os beneficiários pagam nas prestações é de R$ 25.
O anúncio desse valor foi feito em setembro de 2015, quando o governo divulgou as condições da terceira etapa do programa de habitação popular. Hoje, o Ministério das Cidades informou que não houve alteração no valor mínimo que será pago pelas famílias que ganham até R$ 800 por mês.
Famílias com renda entre R$ 800 e R$ 1.2 mil pagarão o correspondente a 10% da renda e as que ganham entre R$ 1.2 mil e R$ 1.8 mil, 15%. Na divulgação em setembro, o governo tinha anunciado que famílias com renda mensal entre R$ 1.6 mil e R$ 1.8, pagariam 20%. Nesta quarta, porém, voltou atrás ao informar que a parcela máxima do faixa 1 será de 15% da renda.
Como mostrou a edição do Estado desta quarta-feira, a terceira etapa do Minha Casa Minha Vida saiu do papel neste mês, um ano depois do início do segundo mandato da petista, mas deixou de fora a população que mais precisa do programa de habitação popular. As contratações com as novas regras da terceira fase só começaram para as chamadas faixas 2 e 3 do MCMV, famílias com renda mensal de até R$ 3,6 mil e R$ 6,5 mil, respectivamente.
Por causa da frustração de recursos, não há previsão oficial de quando começarão as contratações para as famílias que ganham até R$ 1,8 mil por mês, pertencentes à chamada faixa 1 do programa. Para esse público, o subsídio - com recursos do Orçamento Geral da União (OGU) - pode chegar até 95% do valor do imóvel. Também está emperrada a faixa 1,5, grande novidade desta terceira etapa, que contempla famílias com renda mensal de até R$ 2.350.
A presidente da Caixa, Miriam Belchior, disse, nesta quarta, que as contratações dessas duas faixas sairão "logo, logo", mas não quis estabelecer um prazo.