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Governo deve revisar PIB de 2017 para cima, diz Meirelles

Segundo o ministro da Fazenda, a atual projeção, de crescimento de 0,5% em 2017 sobre 2016, está com viés de alta

Por e Vinicius Neder
Atualização:
Segundo Henrique Meirelles, diferença no tratamento, porém, ainda depende de uma definição de valor de corte Foto: Pilar Olivares/Reuters

RIO - O Ministério da Fazenda deverá revisar a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) após os dados acima do esperado no segundo trimestre, afirmou nesta segunda-feira o ministro Henrique Meirelles. Segundo ele, a atual projeção, de crescimento de 0,5% em 2017 sobre 2016, está com viés de alta. "Os números estão muito fortes e muito positivos. Estamos, sim, analisando isso com seriedade. A nossa previsão, como todos sabem, é 0,5%, mas esse é um número com viés de alta. Deveremos, sim, estar revisando esse número para a frente", afirmou Meirelles, após participar da cerimônia de posse do novo presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Marcelo Barbosa, no Rio.

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Meirelles voltou a repetir que o crescimento do quarto trimestre deste ano já será mais acelerado. "A previsão é de que o crescimento do último trimestre, comparado com o último trimestre do ano passado, vai ser forte, acima de 2,0%. E mais importante: o ritmo de crescimento no final do ano deve estar acima de 3,0%", disse o ministro. Meirelles também explicou que é normal, na composição do PIB, que a recuperação comece pelo consumo das famílias. "Quando a economia começa a crescer, saindo de uma recessão, existe muita capacidade ociosa nas empresas. É normal que o consumo tenha que aumentar primeiro para as empresas começarem a produzir e, a partir daí, investirem", disse.

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Além disso, o ministro relativizou a queda dos investimentos no PIB do segundo trimestre. "Apesar do número total de investimento ter caído, ele caiu na construção civil, o que é normal, por que existe um grande número de imóveis à venda. Agora, o investimento em máquinas e equipamentos, que é o investimento da indústria, cresceu muito", afirmou Meirelles.

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