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Governo não pode cobrar fidelidade de parlamentares para votar Previdência, diz Maia

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse não ter interpretado de forma pessimista a declaração de Michel Temer de admitir a possibilidade de derrota ao tentar aprovar a reforma da Previdência

Por Igor Gadelha
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira, 7, que não interpretou de forma pessimista a declaração do presidente Michel Temer de admitir, pela primeira vez publicamente, a possibilidade de derrota do governo ao tentar aprovar a reforma da Previdência. Maia afirmou que não adianta o governo cobrar apoio para a matéria dos parlamentares que votaram pela rejeição das denúncias contra Temer, voto que, na avaliação do parlamentar fluminense, representou uma atitude corajosa.

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO

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"Não interpretei de forma tão pessimista", avaliou o presidente da Câmara. Ele se referia à seguinte declaração de Temer ontem, durante discurso de abertura da reunião com líderes de partidos da base aliada: "A reforma da Previdência não é minha, não é pessoal, mas é do governo compartilhado. Na verdade, se em um dado momento a sociedade não quer a reforma da Previdência, a mídia não quer a reforma da Previdência e a combate e, naturalmente, o parlamento que ecoa as vozes da sociedade também não quiser aprová-la, paciência". 

++Previdência limita a leve melhora fiscal de setembro Para Maia, o governo não pode, de fato, cobrar fidelidade dos parlamentares da base agora, após a votação das duas denúncias contra Temer na Câmara.

"Quem votou para adiar a investigação (ou seja, a favor de Temer) teve uma atitude corajosa", afirmou. Para o presidente da Câmara, o governo precisa reorganizar sua base aliada e tentar todas as soluções para reformar a Previdência. "Tem solução por emenda constitucional, tem solução por projeto de lei", afirmou o parlamentar fluminense.

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