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Governo não poupará medidas para conter a inflação, diz Mantega

Ministro da Fazenda disse que é IPCA de março é ‘boa notícia’ e afirmou que trajetória dos preços é de desaceleração

Por Anne Warth , Laís Alegretti e da Agência Estado
Atualização:

BRASÍLIA - O  ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira, 10, que o governo está atento à inflação porque ela é prejudicial à economia, trabalhadores e empresas. "A boa notícia é que o IPCA de março veio menor que o de fevereiro e janeiro", afirmou. "Estamos com trajetória de redução da inflação", acrescentou ressaltando que o núcleo da inflação de março já mostra que há grande desaceleração.

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Segundo o ministro, os alimentos impediram que o IPCA de março fosse ainda menor. "Alimentos foram os maiores vilões."

Ele garantiu que o governo adotará medidas para que a inflação não se espalhe. "O governo não poupará medidas para conter a inflação e impedir que ela se propague", afirmou. Ele não esclareceu quais serão as medidas que serão anunciadas aos setores sucroalcooleiro e químico. Segundo ele, elas devem sair em breve. Mantega disse também que a pressão da inflação de serviços já foi reduzida em março.

Questionado sobre a reunião do Copom na próxima semana, Mantega afirmou que não fala de juros e que está é uma responsabilidade do Banco Central.

Crescimento

O  ministro da Fazenda também disse que o primeiro trimestre deste ano deve encerrar com um crescimento razoável e maior que o do quarto trimestre de 2012. "Está havendo um crescimento gradual que já começou no semestre passado e está continuando em 2013", afirmou.

O ministro disse que o crescimento da indústria em fevereiro foi menor em razão do menor número de dias úteis, mas que, em março, a indústria vai crescer. "Estamos caminhando em direção a um crescimento maior em 2013 do que em 2012", disse. Para isso, Mantega afirmou que o governo vai continuar dando competitividade à economia brasileira. "Precisamos de um custo financeiro reduzido e também de diminuição de tributos", acrescentou ao ressaltar que, neste ano, as desonerações tributárias serão da ordem de R$ 70 bilhões, o equivalente a 1,5% do PIB.

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No ano que vem, as desonerações devem chegar a R$ 88 bilhões. "O cenário é favorável para o Brasil", ressaltou o ministro ao citar que o governo vai continuar com medidas como a desoneração do investimento e da folha. Segundo Mantega, o governo também espera aprovar as reformas do ICMS e de PIS/Cofins. 

Ele declarou ainda que o cenário internacional ainda permanece com dificuldades, mas menos do que no ano passado.

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