Trabalhadores dos Correios de todo o País entraram em greve a partir das 22h da última terça-feira, 19. Dos 31 sindicatos filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), apenas três ainda não fizeram assembleias: Acre, Rondônia e Roraima.
Dos afiliados, já aderiram ao movimento Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, São Paulo (Campinas, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Vale do Paraíba e Santos), Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais (Juiz de Fora e Uberaba), Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul (Santa Maria), Sergipe e Santa Catarina.
Representados por outra federação, os funcionários da capital paulista e da região de Bauru (SP) ainda devem fazer assembleias próprias na próxima semana, para definir se também irão entrar em greve.
A categoria tenta negociar um reajuste salarial de 8%. Segundo a Fentect, após mais de 40 dias desde a apresentação para a proposta, a empresa apenas tentou excluir cláusulas para o acordo coletivo de trabalho.
Os funcionários também reclamam do fechamento de agências, o que dificulta os serviços postais e bancários, ameaças de demissão, corte em investimentos, suspensão de férias, entre outras questões.
A entidade também demanda novos concursos para a reposição de funcionários que se aposentaram. A última seleção para empresa ocorreu em 2011.
Em nota, os Correios disseram que a paralisação parcial não afeta o atendimento e que, até o momento, todas as agências, inclusive nas regiões que aderiram ao movimento grevista, estão abertas e que o movimento está concentrado na área de distribuição. "Um levantamento parcial realizado na manhã de hoje mostra que 93,17% do efetivo total estão presentes e trabalhando — o que corresponde a 101.161 empregados. Na região metropolitana de São Paulo, a situação está normal e na Baixada Santista cerca de 87% do efetivo está trabalhando." A estatal afirma, ainda, que as negociações com os sindicatos que não aderiram à paralisação ainda estão sendo realizadas.