Publicidade

IGP-M aponta deflação de 0,22% em maio

Por Agencia Estado
Atualização:

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) ficou em -0,22% em maio, segundo informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em abril, o indicador fechou em +0,86%. O desempenho do indicador anunciado hoje pela FGV ficou abaixo do piso das estimativas dos analistas ouvidos pela Agência Estado, que apontavam resultado entre -0,04% e +0,08%, sendo que a média das expectativas era zero. A FGV informou ainda o resultado dos três indicadores que compõem o IGP-M de maio. O Índice de Preços por Atacado (IPA), que representa 60% do IGP-M, ficou em -0,77% ante +0,94% em abril. Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que representa 30% do IGP-M, ficou em +1,02% ante +0,80% apurados em abril. Já o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), que representa 10% do IGP-M, fechou em +0,54% ante +0,38% em abril. O IGP-M acumula no ano +2,20% e +9,08% em 12 meses. O período de coleta de preços do IGP-M de maio foi do fia 21 de abril a 20 de maio. Produtos agrícolas Os preços dos produtos agrícolas no atacado ficaram em -3,42% em maio, ante +0,96% em abril, no âmbito do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de maio. De acordo com a FGV, ainda no atacado, os preços dos produtos industriais ficaram em +0,13% em maio, ante +0,95% em abril. Já no âmbito do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais ficaram em -0,46% ante +0,72% em abril; por sua vez, os preços dos bens intermediários ficaram em +0,25% ante +0,92% em abril. Já os preços das matérias-primas brutas ficaram em -3,12% ante +1,33% em abril. Menor resultado desde julho de 2003 O IGP-M de maio, que ficou em -0,22% foi o menor resultado nesse tipo de indicador desde julho de 2003, quando o IGP-M teve taxa negativa de 0,42%. A informação é baseada em tabela com a série histórica do indicador, fornecida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em divulgações anteriores do índice. Pela mesma tabela é possível observar que o Índice de Preços por Atacado (IPA), que ficou em -0,77% em maio, atingiu esse mês o menor resultado nesse tipo de indicador desde junho de 2003, ficando em -1,67%. Porém, mais uma vez, a inflação no varejo assumiu trajetória diversa dos resultados dos IGPs e IPAs, calculados pela FGV. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de maio, que foi de +1,02%, teve o maior resultado nesse tipo de indicador desde abril de 2003, quando o IPC registrou variação positiva de 1,28%. Já o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC) de maio (+0,54%), foi o maior desde março desse ano, quando o INCC fechou em +0,71%. Atacado O IPA acumula +1,52% no ano e +9,78% em 12 meses. De acordo com a FGV, no atacado, os preços dos produtos agrícolas apontam +0,83% no ano e +0,45% em 12 meses. Já os preços dos produtos industriais ficaram em +1,74% no ano e +13,29% em 12 meses. No âmbito do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens intermediários registram +2,04% no ano e +16,78% em 12 meses. Já os preços dos bens finais apontaram +3,39% no ano e +9,73% em 12 meses. Por sua vez, os preços das matérias-primas brutas registram -1,81% no ano e -1,64% em 12 meses. Por produtos, as altas mais expressivas de preço no atacado, no IGP-M de maio, foram apuradas em leite in natura (3,67%); plásticos em lençol (25,29%) e óleo diesel ( 1,51%). Já as mais expressivas quedas de preço foram observadas em suínos (-16,72%); bovinos (-3,92%) e ovos (-7,65%). Varejo No varejo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acumula +3,85% no ano e +7,32% em 12 meses, no âmbito do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de maio. Segundo a FGV, os grupos que mais contribuíram para a aceleração do IPC de maio, que passou de +0,80% para +1,02% de abril para maio, foram as elevações de preço em Habitação (de +0,52% para +0,86%); Alimentação (de +1,09% para +1,38%) e Vestuário (de +0,68% para +2,19%). Dos sete grupos que compõem o IPC de maio, seis apresentaram acelerações de preços, ante o resultado apurado em abril. Além dos três já citados, é o caso de Saúde e Cuidados Pessoais (de +0,71% para +1,26%); Educação, Leitura e Recreação (de -0,01% para +0,08%) e Despesas Diversas (de +0,34% para +0,55%). O único grupo a apresentar desaceleração, na passagem de abril para maio, foi Transportes (+1,80% para +0,75%). Por produtos, as altas de preços mais expressivas no IPC de maio foram apuradas em tarifa de eletricidade residencial ( 3,35%); batata inglesa (20,82%) e tomate ( 18,91%). Já as mais expressivas quedas foram observadas em mamão da amazônia - papaya (-18,94%); aparelho telefônico celular (-7,31%); e vagem-comum (-9,18%). Já no âmbito do Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), houve elevação de preços no segmento de mão de obra (de zero para +0,80%) e recuo de preços no segmento de materiais e serviços (de +0,71% para +0,33%).

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.