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IGP-M tem 1ª deflação em novembro desde 2012

Índice que reajusta os contratos de aluguel caiu 0,03% no mês com recuo de preços no atacado

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Por Thaís Barcellos (Broadcast)
Atualização:
A variação acumulada do IGP-M em 12 meses até novembro é de 7,12% Foto: Werther Santana|Estadão

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,03% em novembro ante alta de 0,16% em outubro, divulgou nesta terça-feira, 29, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Essa foi a primeira deflação para meses de novembro desde 2012, quando a taxa também caiu 0,03%.

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O resultado do IGP-M de novembro ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro. O IGP-M é usado como referência para reajustar os contratos de aluguel.

A variação acumulada do IGP-M em 12 meses até novembro é de 7,12%. No ano de 2016, o indicador acumula alta de 6,60%.

Entre os três indicadores que compõem o IGP-M, o IPA-M, que mede os preços no atacado, saiu de 0,15% em outubro para deflação de 0,16% em novembro. Na mesma base de comparação, o IPC-M, índice de preços ao consumidor, saiu de 0,17% para 0,26%. O INCC-M, do setor da construção, manteve a mesma taxa verificada em outubro, 0,17%.

Dentro do atacado, a variação negativa do grupo Bens Finais deu forte contribuição para o resultado, ao passar de uma inflação de 0,07% para uma deflação de 0,82%. Nesse estágio final de produção, a FGV destacou a influência do subgrupo alimentos processados, cuja taxa de variação passou de 1,58% para -0,08%. 

O indicador referente a Bens Intermediários também teve deflação em novembro, de 0,43%, ante alta de 0,04% em outubro, contribuindo com pressão baixista para o IPA. Segundo a FGV, o principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa de variação passou de -0,49% para -3,82%. 

Em contrapartida, o grupo matérias-primas Brutas registrou aceleração em novembro, de 0,36% para 0,90%. Os itens que mais contribuíram para este movimento foram: minério de ferro (2,16% para 9,04%), café em grão (2,28% para 8,30%) e cana-de-açúcar (1,48% para 2,80%). 

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Principais influências. De acordo com a FGV, entre as maiores influências individuais de baixa no IPA de novembro estão feijão em grão (-13,75% para -25,89%), leite in natura (-5,52% para -8,78%), óleo diesel (-0,54% para -6,11%), soja em grão (-1,46% para -2,42%) e milho em grão (-1,80% para -3,92%).

Já na lista de maiores influências de alta estão minério de ferro (2,16% para 9,04%), cana-de-açúcar (1,48% para 2,80%), mandioca (apesar da desaceleração de 12,54% para 8,70%), café em grão (2,28% para 8,30%) e açúcar cristal (0,66% para 10,49%). 

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