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Instituto vê Congresso hostil ao ajuste fiscal e aumento de risco de novo rebaixamento

De acordo com o Instituto Internacional de Finanças (IIF), formado pelos maiores bancos do mundo, o mais provável é que a situação das contas públicas do País continue se deteriorando, o que aumenta o risco de novos rebaixamentos do rating brasileiro

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Por Altamiro Silva Junior (Broadcast) e CORRESPONDENTE
Atualização:
Governo Dilma Rousseff passa por grave crise política e econômica Foto: Dida Sampaio/Estadão

O Instituto Internacional de Finanças (IIF), formado pelos maiores bancos do mundo, vê com ceticismo as negociações da equipe econômica no Congresso para aprovar o pacote de austeridade fiscal do governo. O mais provável é que a situação das contas públicas continue se deteriorando, o que aumenta o risco de novos rebaixamentos do rating soberano brasileiro, avalia um relatório da instituição divulgado nesta sexta-feira em Washington. "Em meio a altos riscos de execução, a um enfraquecimento da economia e às condições políticas tóxicas, acreditamos que a situação fiscal provavelmente vai continuar se deteriorando nos próximos meses", afirma o documento. Com isso, cresce o risco de futuros rebaixamentos do rating soberano do Brasil, elevando também o risco de o País perder o grau de investimento de uma segunda agência de classificação de risco, o que afastaria ainda mais os investidores estrangeiros. O IIF destaca que foi após perder o selo de grau de investimento pela Standard & Poor''s (S&P), em rebaixamento anunciado no último dia 9, que o governo de Dilma Rousseff tentou agir e anunciou um pacote de medidas fiscais, incluindo cortes de gastos e alta de tributos, além de tentar ressuscitar a "impopular" CPMF. "Apesar das boas intenções da proposta do pacote, permanecemos céticos sobre se o governo terá capital político para conseguir apoio para o ajuste com um Congresso hostil", afirma o relatório.

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