Publicidade

Roberto Campos Neto é indicado para presidir o BC

Informação foi confirmada por uma fonte da equipe de transição de Bolsonaro depois de Ilahn Goldfajn informar que não permaneceria no cargo

Foto do author Luciana Dyniewicz
Por Luciana Dyniewicz e Fabrício de Castro
Atualização:

O executivo Roberto Campos Neto, atualmente diretor do Banco Santander, foi indicado pela equipe econômica do presidente eleito, Jair Bolsonaro, para presidir o Banco Central. Ele vai substituir Ilan Goldfajn que, conforme informou o Estado na edição desta quinta-feira, 15,  já comunicou ao futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, que não permaneceria no cargo por razões familiares e pessoais. A informação do nome de Campos Neto foi confirmada por fonte da equipe de transição do novo governo, mas ainda não houve uma confirmação oficial.

PUBLICIDADE

Roberto Campos Neto ­– que, como o nome indica, é neto do economista Roberto Campos, ministro do Planejamento no governo do general Castelo Branco e um dos principais expoentes brasileiros do pensamento liberal na economia -  esteve no escritório de transição montado no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) na última terça-feira e reuniu-se com Guedes por cerca de uma hora. Saiu sem falar com a imprensa. Naquela mesma noite, um integrante da equipe do presidente eleito teceu muitos elogios ao economista.

Mais cedo, a assessoria de Paulo Guedes havia informou que “a escolha do nome para comandar o Banco Central está em fase final de definição e, assim que for confirmado, será devidamente anunciado”. Com potencial para mexer no mercado, o nome de Roberto Campos Neto, ainda deve ser apresentado por Guedes a Bolsonaro. A expectativa é que isso ocorra ainda durante o feriado, quando o movimento no mercado diminui. (Lu Aiko Otta, Luciana Dyniewicz e Renata Batista)

Transição

Na semana passada, fontes da equipe de transição disseram que sua permanência no BC dependia de "motivação pessoal" e que seu nome não estava descartado. Até então, não havia confirmação sobre um convite formal e direto a Ilan.

Guedes e o presidente eleito, Jair Bolsonaro, declararam em diversas ocasiões que tinham o desejo de manter o atual presidente do BC no cargo, mas também era de conhecimento público que eles chegaram a trabalhar com cinco opções para substituí-lo.

O que se dizia em Brasília é que a permanência de Ilan no cargo em 2019 dependia da aprovação do projeto de autonomia do Banco Central, atualmente em tramitação na Câmara. O principal ponto da proposta é a definição de mandatos fixos para os dirigentes do BC a partir de março de 2020.

Publicidade

Ilan voltou na segunda-feira de uma viagem à Suíça, cumpriu agenda até ontem no Brasil e agora vai tirar férias até o dia 20 de novembro. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.