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Impacto da chuva nos preços de alimentos deve ser limitado

Por Agencia Estado
Atualização:

Passados seis dias das fortes chuvas da semana passada, a expectativa é de que apenas os preços das hortaliças subam por um período máximo de 20 dias. É o caso, por exemplo, da alface que já teve alta de até 40% no preço do produtor. Os legumes e frutas, que compõem os hortifrutigranjeiros, não devem ter alta em função da chuva. O economista Nelson Martin, do Instituto de Economia Agrícola da Secretaria Estadual de Agricultura do Estado de São Paulo, informou que as plantações de hortaliças nas regiões de Mogi das Cruzes e Ibiúna, que integram o cinturão verde da Grande São Paulo, foram bastante prejudicadas pelas chuvas. Mas as mudas pequenas devem se recuperar, permitindo a normalização dos preços quando o crescimento se completar, em até 20 dias. O economista Miguel Daoud, da Global Adviser, que acompanha os preços agrícolas, não espera altas expressivas. Neste domingo, ele registrou preços inalterados nas feiras livres e nos supermercados da cidade de São Paulo. Segundo ele, a chuva provocou apenas problemas de distribuição de produtos. Índice sai na quarta Na quarta-feira, o IEA divulga o Índice de Preços Agrícolas de maio, cuja coleta de preços vai até amanhã. Martin não espera elevação de legumes, como tomate, jiló ou berinjela. "As 10 mil toneladas de alimentos estragados na Ceagesp não são nada. Não provocam impacto nenhum de preços", explicou. Para o coordenador do IPC-Fipe, Paulo Picchetti, o impacto das chuvas nos preços dos hortifrutigranjeiros ainda é incerto. Nesta sexta-feira, o IPC de maio será divulgado. Desde a quinta-feira, os pesquisadores estão coletando os preços. Amanhã, dia 31, será o último dia. "A única certeza é a de que, se houver alta, será de curta duração. Não será diferente do que uma mini quebra de safra", explicou. Assim que a oferta ser regularizar, volta o equilíbrio de preços. Na quarta-feira da semana passada, quando a cidade de São Paulo sofria os efeitos da chuva, a Fipe divulgada a 3ª quadrissemana, com altas expressivas de alguns hortis. Foi o caso da batata, com aumento de 17,2%, que contribuiu com 0,05pp do IPC de 0,50%. Na ponta, a alta era de 24,8%. O tomate também estava subindo, com alta de 7,91% na ponta. Ou seja, alguns produtos já tinham tendência de alta. "Até ter idéia da dimensão é difícil prever o impacto", afirmou.

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