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Inflação desacelera em abril, mas já ultrapassa o centro da meta no ano

IPCA ficou em 0,71%, ante 1,32% em março; no acumulado do ano, contudo, índice supera centro da meta do governo e fica em 4,56%

Por Idiana Tomazelli
Atualização:

Atualizado às 12h26

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A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou para 0,71% em abril, ante 1,32% em março. Apesar disso, a taxa acumula alta de 4,56% no ano e ultrapassa, em apenas quatro meses, o centro da meta de inflação estipulada pelo governo. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Na leitura mensal, o avanço de 0,71% é o maior para o mês desde 2011. Já a alta de 8,17% em 12 meses é a maior desde dezembro de 2003, enquanto o aumento de 4,56% no ano é o mais intenso para o período desde 2003.

A meta oficial de inflação é de 4,5%, com margem de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo. O próprio Banco Central, no entanto, já admitiu que a taxa de 2015 irá romper o teto da meta e fechar o ano em 7,9%. Analistas do mercado financeiro, por sua vez, esperam que o IPCA encerre 2015 em 8,26%, segundo a última divulgação do Boletim Focus.

O IPCA de abril veio dentro das expectativas dos analistas e deveu-se, principalmente, à menor alta da energia elétrica. A conta de luz subiu 1,31% no mês passado, após o expressivo aumento de 22,08% em março - quando refletiu a revisão das tarifas em todas as regiões pesquisadas, além do reajuste de 83,33% sobre o valor da bandeira tarifária. 

Segundo o IBGE, a alta de 1,31% da energia elétrica no mês passado refletiu a pressão exercida pelas regiões de Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Fortaleza e Recife. Com os aumentos ocorridos, o consumidor está pagando neste ano, em média, 38,12% a mais pelo uso da energia, enquanto nos últimos 12 meses as contas estão 59,93% mais caras.

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