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'Inflação do aluguel' desacelera em outubro, mas acumula alta de 8,78% em 12 meses

IGP-M desacelerou de 0,20% em setembro para 0,16% em outubro, dentro do intervalo das estimativas dos analistas

Foto do author Thaís Barcellos
Por Thaís Barcellos (Broadcast)
Atualização:

SÃO PAULO - O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) desacelerou de 0,20% em setembro para 0,16% em outubro, divulgou nesta sexta-feira, 28, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado do IGP-M de outubro ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, entre 0,12% e 0,35%, e abaixo da mediana de 0,20%. No ano, o índice acumulou alta de 6,63% e em 12 meses, 8,78%. O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis. 

Entre os três indicadores que compõem o IGP-M, o IPA-M saiu de 0,18% em setembro para 0,15% em outubro. Na mesma base de comparação, o IPC-M saiu de 0,16% para 0,17%. O INCC-M desacelerou de 0,37% para 0,17%. A variação acumulada do IGP-M em 12 meses até outubro é de 8,78%. No ano de 2016, o indicador acumula alta de 6,63%.

Um dos principais responsáveis pela desaceleração foi o minério de ferro Foto: Divulgação

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Na passagem de setembro para outubro, a maior contribuição de baixa em termos porcentuais para o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) veio do grupo Matérias-Primas Brutas, que variou 0,36% neste mês. Em setembro, a taxa havia sido positiva em 1,27%.

Nesse estágio inicial da produção, os principais responsáveis pela desaceleração foram minério de ferro (em razão de a inflação ter caído de 8,56% para 2,16%), leite in natura (1,98% para -5,52%) e soja em grão (-0,02% para -1,46%). Em sentido oposto, destacaram-se milho em grão (-6,43% para -1,80%), bovinos (-0,87% para 2,20%) e mandioca (8,95% para 12,54%).

O indicador referente a Bens Finais teve variação de 0,07% em outubro. Em setembro, este grupo de produtos mostrou variação de -0,25%. Contribuiu para este avanço o subgrupo alimentos processados, cuja taxa de variação passou de 0,96% para 1,58%

O índice relativo aos Bens Intermediários variou 0,04%. Em setembro, a taxa foi de -0,33%. Segundo a FGV, o principal responsável por este movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de -0,50% para 0,17%.

De acordo com a FGV, entre as maiores influências individuais de baixa no IPA de outubro estão leite in natura (1,98% para -5,52%), feijão em grão (-1,01% para -13,75%), soja em grão (-0,02% para -1,46%), farelo de soja (-2,22% para -5,06%) e ovos (-5,77% para  -7,35%).

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Já na lista de maiores influências de alta estão carne bovina (4,97% para 6,29%), mandioca (8,95% para 12,54%), minério de ferro (a despeito do arrefecimento de 8,56% para 2,16%), laranja (9,86% para 13,70%) e bovinos (-0,87% para 2,20%). 

 A principal contribuição para a leve aceleração registrada no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apurado para composição do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) veio do grupo Transportes, com variação de 0,51%, ante -0,12% em setembro. Nesta classe de despesa, a FGV destacou o comportamento do item gasolina, que passou de uma deflação de 1,13% para inflação de 0,47%. 

As maiores influências de elevação para o IPC-M na passagem de setembro para outubro foram plano e seguro de saúde (apesar de ter desacelerado de 1,05% para 1,04%), gás de bujão (1,41% para 3,89%), etanol (-0,59% para 3,37%), refeições em bares e restaurantes (a despeito de a taxa ter baixado de 0,47% para 0,31%) e taxa de água e esgoto residencial (0,00% para 1,08%). 

A lista de maiores pressões negativas, por sua vez, é composta por leite tipo longa vida (-5,84% para -12,71%), mamão papaya (10,85% para -25,62%), show musical (3,43% para -5,02%), banana-prata (-4,65% para -9,03%) e feijão carioca (-4,36% para -7,85%). 

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