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Infraero amplia plano de recuperação

Diferentemente de outras estatais, que, mesmo não dispondo de verbas para tocar projetos, mantêm seus quadros intactos, com grande número de funcionários ociosos, a Infraero tenta se adaptar à nova realidade do País. A empresa adotou um Programa de Demissão Voluntária (PDV), prevendo, de início, a adesão de 2.500 funcionários. Esse número já foi ultrapassado e, numa nova etapa do programa, o desligamento pode atingir ao todo mais de 4 mil funcionários. Desinchar o quadro, atualmente composto de 12 mil funcionários, como disse o ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Eliseu Padilha, é essencial para viabilizar a companhia.

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Por Redação
Atualização:

Igualmente importante para alcançar esse objetivo é a possibilidade, mencionada pelo ministro, de a Infraero diminuir sua participação nos novos leilões que serão realizados em 2016 para a concessão dos aeroportos de Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre.

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A estatal ficou com uma participação de 49% nos aeroportos já concedidos à iniciativa privada, o que onerou seus custos, já que, mesmo tendo perdido mais de metade da receita proporcionada por esses aeroportos, teve de fazer a contrapartida de pesados investimentos nos terminais, com retorno apenas a mais longo prazo.

Segundo o ministro, a participação da Infraero nas futuras concessões está ainda em discussão, mas ele assevera que ela será menor, podendo ficar em 15% ou zero. A segunda hipótese não seria inédita, uma vez que o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, em Natal, foi objeto de concessão, mas é inteiramente privado.

Reduzindo ou não tendo nenhuma associação nos novos aeroportos, a Infraero pouparia gastos e poderia obter uma receita considerável proveniente dos leilões.

Seja como for, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) tem poderes para fazer com que os aeroportos, mesmo os totalmente privados, cumpram as leis e regulamentos em vigor.

A Infraero hoje volta o seu foco para a aviação regional. Há, segundo Padilha, uma demanda no Ministério da Fazenda para desembaraçar recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), que deve arrecadar este ano R$ 4,5 bilhões. A SAC espera que R$ 50 milhões, pelo menos, sejam liberados para atender às necessidades de aeroportos da Amazônia. É mais um motivo para que a Infraero busque baixar custos e reforçar receitas próprias.