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Investidores nos EUA entram com nova ação contra JBS

Medida visa o reparo de perdas financeiras por investidores que compraram recibos de ações da companhia

Por Ricardo Leopoldo e correspondente
Atualização:

NOVA YORK - O sócio do escritório de advocacia Rosen Law Firm, Philip Kim, afirmou em entrevista ao Broadcast que uma nova ação coletiva contra a JBS deu entrada ontem na Justiça dos EUA, na corte do Brooklyn. A ação visa o reparo de perdas financeiras por investidores que compraram ADRs da companhia entre dois de junho de 2015 e 19 de maio de 2017.

"A ação coletiva visa também recuperar prejuízos de investidores com o novo escândalo (político) que ocorreu na semana passada", apontou Philip Kim. "Ela se refere a comunicados enganosos da JBS que não retrataram a prática de malfeito pela companhia", destacou.

"Os investidores foram prejudicados porque a JBS não prestou informação de alta importância que não foi revelada", apontou o advogado, fazendo menção indireta à acusação de Joesley Batista, um dos controladores da empresa, de que o presidente Michel Temer teria sugerido a continuidade do pagamento de suborno para a compra do silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha.

Joesley Batista presidia o conselho de administração da holding J&F, grupo que comanda a JBS Foto: Paulo Giandalia/Estadão

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Segundo Philip Kim, a ação coletiva, conhecida como 'class action' nos EUA, terá um período de adesão de investidores de 60 dias e que será encerrado em 21 de julho. "A Justiça deve manifestar se prosseguirá ou não com a ação em setembro ou outubro. A partir de sua decisão, é que ouvirá os argumentos da defesa", destacou.

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De acordo com o advogado, esta ação deve representar investidores individuais, institucionais e fundos que adquiriram ADRs da JBS. "Uma outra ação coletiva foi movida por investidores contra a companhia há alguns meses. Contudo, eles decidiram dispensar a ação por motivo que era adequado na avaliação deles." 

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