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Investidores procuram novo Instagram

Empresas iniciantes de tecnologia atraem atenção de usuários e fundos de capital de risco, mas é difícil prever quais serão vencedoras

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Por Redação
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Quando o Facebook comprou o Instagram por US$ 1 bilhão no mês passado, muita gente ficou com a pulga atrás da orelha e surgiram perguntas sobre quais start-ups (as empresas em estágio inicial) na crista da onda poderiam estar a caminho de semelhante sucesso. Certamente não faltam companhias para se escolher. O cenário das start-ups está inundado de aplicativos e serviços que atraem usuários e o respaldo de capitalistas de risco. Mas pode ser difícil saber quais companhias estão apenas no auge de seu ciclo de badalação, e quais valem o tipo de atenção que o Instagram estava recebendo quando o Facebook apareceu. Eis uma lista necessariamente incompleta de empresas que poderiam ser a bola da vez de fato ou em potencial - seja porque tiveram um crescimento explosivo de usuários, seja por estarem atraindo investidores sérios ou uma particular faixa demográfica, ou simplesmente porque têm uma ideia incomum que parece estar deslanchando. É bem verdade que qualquer uma dessas iniciantes poderia ser a próxima Pets.com (empresa de artigos para animais de estimação que cresceu e sumiu em menos de dois anos). Mas poderiam também ser a próxima grande jogada. Pinterest. Dois anos depois de chegar à web, a Pinterest, uma espécie de mural de recados, já é o terceiro site de mídia social mais importante depois de Facebook e Twitter. Os usuários podem "pregar com alfinetes" (pin) imagens que encontram por toda a web - de um vestido de casamento, por exemplo, ou um prato de aparência saborosa - para que as imagens surjam em suas páginas de Pinterest. Outros usuários podem então clicar para visitar a fonte da imagem. O Pinterest ainda precisa imaginar um modelo de negócios, mas os inventores estão interessados no recorte demográfico do site. As mulheres, que são as maiores compradoras online, respondem por 85% de seu tráfego. O Pinterest está perto de levantar capital num acordo que o valorizaria em mais de US$ 1 bilhão, segundo pessoas próximas da empresa. Square. Essa companhia de pagamentos móveis tem pouco mais de três anos de vida e já conta com dezenas de milhares de comerciantes usuários de cartões de crédito usando seu pequeno acessório branco para telefones celulares e tablets em vez de uma caixa registradora. Jack Dorsey, um dos fundadores do Square, foi também um dos fundadores do Twitter. O Square está a caminho de alcançar US$ 5 bilhões em pagamentos neste ano, e seus números colocaram capitalistas de risco brigando para financiá-lo. Menos de um ano após levantar US$ 100 milhões em financiamento, a companhia estaria prestes a levantar US$ 250 milhões que poderiam elevar seu valor a US$ 4 bilhões. Airtime. Não se sabe muito sobre a mais recente iniciativa de Sean Parker e Sean Fanning, cofundadores do Napster, o notório serviço de compartilhamento de música fechado em 2001. Os dois se referiram a sua nova companhia como um site de compartilhamento de vídeos durante entrevista no evento South by Southwest, mas os detalhes são desconhecidos. Como o atual frenesi de financiamento em torno de aplicativos de compartilhamento de vídeos como Viddy e SocialCam, está claro que o Vale do Silício vê o video como a próxima fronteira. Taskrabbit. Parece um conceito improvável - pessoas deixando estranhos escolhidos via internet alugarem seus quartos de dormir vagos e estacionar em suas garagens, ou recorrerem a elas para fazer incumbências ou realizar tarefas fáceis. Mas várias empresas iniciantes em rápido crescimento são construídas em cima da ideia de que uma nova economia está sendo forjada em torno do "consumo cooperativo", no qual pessoas compartilham recursos que já possuem, tempo ou espaço doméstico extra, em troca de uma taxa. O TaskRabbit, um serviço que permite que as pessoas encontrem "rabbits" (coelhos) para realizar tarefas e fazer incumbências, é uma estrela em ascensão nesse campo. A Airbnb, que permite que pessoas aluguem quartos de dormir desocupados ou casas inteiras, já está parecendo um rolo compressor e pode dar um impulso a seus pares. Path. Quando o Path foi revelado em 2010, as pessoas desdenharam da ideia de uma rede social móvel que só permite que os usuários tenham um número limitado de amigos. Mas enquanto Facebook e Twitter inchavam de tamanho, o apelo da privacidade e compartilhamento com alguns íntimos começou a parecer mais atraente - tanto para usuários como para capitalistas de risco. Dave Morin, presidente executivo do Path, disse que mais de 2 milhões de pessoas se inscreveram no serviço, e recentemente o Path levantou US$ 40 milhões de financistas, empurrando o valor da empresa para US$ 250 milhões. Uber. Há uma multidão de táxis em Nova York, mas fora de Manhattan, pegar um pode ser um a loteria. O Uber, uma start-up que casa motoristas de carros particulares fora de serviço com passageiros "encalhados", pretende preencher essa necessidade. A companhia dá aos motoristas participantes iPhones e software que gere pedidos de embarque passageiros. Usando o aplicativo para smartphone do Uber, os usuários podem alertar motoristas próximos de que precisam de uma carona, e aí monitorar o progresso de seu motorista num mapa. Dropbox. Esse serviço de compartilhamento de arquivos resolveu uma das maiores dores de cabeça de nosso tempo: como acessar arquivos, fotos e música de uma enormidade de dispositivos? Em vez de abarrotar nossa caixas de entrada de e-mails, o Dropbox tornou possível armazenar nossa miscelânea digital na nuvem. / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK

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