Investimentos em infraestrutura abrem caminhos no Paraná

Governo estadual tenta reduzir gargalos logísticos com obras em estradas e portos e pretende ampliar a malha ferroviária;Fórum Regional Estadão debateu principais desafios do governo para melhorar o ambiente de negócios

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Por Redação
Investimento de R$ 2 bi no Paranaguá em 2016; até 2019 mais R$ 1,5 bi para outros terminais Foto: Andre Kasczeszen / APPA / ANPR

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Ambiente de negócios, inovação e retomada do crescimento foram os temas que conduziram o Fórum Regional Estadão Paraná, que reuniu o governador Beto Richa (PSDB), empresários e especialistas, durante o evento que aconteceu no auditório do jornal no último dia 29.

Como terceiro exportador do agronegócio brasileiro, o estado investe em infraestrutura de transportes para tentar melhorar o escoamento de cargas.

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Entre as apostas está o Programa de Conservação e Manutenção de Estradas, cujos recursos chegam a R$ 2,3 bilhões. O Estado tem 500 quilômetros de rodovia em duplicação e a readequação de 3.300 quilômetros de estradas rurais pelo interior.

Além disso, o governo acaba de lançar um procedimento de manifestação de interesse, para grandes grupos empresariais, para o projeto de construção de uma ferrovia, com 1 mil quilômetros de extensão, a partir de Dourados (MS), cortando o estado do Paraná até chegar ao Porto de Paranaguá. “Os investimentos devem chegar a R$ 10 bilhões”, disse Richa.

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A área portuária também passou por uma modernização com investimentos públicos e privados milionários. As operações de dragagem, que antes saíam com meia carga pela falta de calado, hoje recebem grandes navios que partem com carga completa, reduzindo o custo de produção e ampliando a produtividade do comércio.

 

Mais de 500 quilômetros em duplicação e a readequação de 3.300 quilômetros de estradas rurais Foto: Jorge Woll/DER/AENPR

Durante o Fórum, o diretor presidente do Porto de Paranaguá, Luiz Henrique Tessutti Dividino, destacou os investimentos de R$ 2 bilhões em 2016. Para as obras previstas entre 2017 e 2019, como o investimento nos terminais de Contêineres de Paranaguá (TCP), da Fospar e da Ponta do Félix, entre outras de menores proporções, a previsão é de mais R$ 1,5 bilhão. “As maiores obras portuárias do País vão ocorrer nos próximos dois anos no Porto de Paranaguá, que também é o único que mantém o calado em manutenção constante e habilitação para dragar o maior navio da costa”, enfatizou, lembrando que cerca de 35% do PIB do Brasil passam por esse porto.

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Ele ressaltou, entretanto, que o grande desafio dos interessados em investir é como a carga chega ao porto. “Precisamos melhorar a demanda ferroviária para o Porto de Paranaguá”, disse Dividino, chamando a atenção para a necessidade de preços de frete competitivo em relação aos rodoviários.

Já para o diretor institucional e de regulação da Rumo Logística, Guilherme Penin, a malha ferroviária Sul da companhia, que atende ao Paraná, é desafiadora, porém rentável, considerando que há grandes volumes a serem transportados por longa distância até o porto, especialmente de produtos agrícolas.

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Ele também salientou que a companhia deve fechar 2017 com cerca de R$ 5 bilhões em investimentos no Brasil, dos quais R$ 2 bilhões destinados à Malha Sul, com 46 novas locomotivas, além das obras em curso, como a revitalização de 700 quilômetros de via férrea e das linhas que atendem o Porto de Paranaguá. “A companhia atingiu o nível de 1,004 milhão de toneladas descarregadas por ferrovia no porto”, disse. 

/ COLABOROU LETICIA PAKULSKI

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