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Irmãos Plöger seguiram caminhos diferentes

Paul estudou engenharia na Alemanha e se mudou para MT, enquanto Ingo e Alfried seguiram carreira empresarial

Por Leandro Mode e de O Estado de S. Paulo
Atualização:

Em 1964, pela primeira vez, um presidente alemão esteve no Brasil. Entre os compromissos de Heinrich Lübke, estava uma visita ao Grupo Melhoramentos, empresa dirigida por descendentes de alemães, na cidade de Caieiras, Grande São Paulo. Já na fábrica, o presidente foi abordado, inesperadamente, por um jovem de 17 anos, que queria fazer faculdade na Alemanha. O pedido foi atendido.

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O tal rapaz, Uwe Paul Otto Plöger, estudou engenharia agronômica na região de Darmstadt, no sudoeste do país. Até aí, ele seguiu uma trajetória bem parecida com a dos irmãos Ingo e Alfried. Mas na volta, decidiu trilhar um caminho diferente.

Hoje, Paul vive em uma casa modesta em Santo Antônio do Leverger, a 30 quilômetros de distância de Cuiabá (MT). Ingo e Alfried continuam em São Paulo. O primeiro é presidente do Conselho Empresarial da América Latina. O outro ocupa uma das vice-presidências da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) e já presidiu a Melhoramentos.

A disputa judicial pela herança da família colocou os irmãos em lados opostos. E essa não tem sido uma empreitada fácil para Paul. Tecnicamente, ele está "quebrado", com várias dívidas bancárias em atraso. O carro que ele usa para circular pelas ruas de Santo Antônio é um Prisma 2007 que acaba de ser refinanciado em 50 parcelas de R$ 950. O para-brisa e o ar-condicionado estão quebrados.

Casa. É a mulher de Paul, Maria Benedita – uma funcionária pública aposentada – quem sustenta a casa, com uma renda de R$ 2,5 mil. O imóvel é uma herança dos pais dela. Os cômodos estão atulhados de móveis de alta qualidade, mas mal conservados. Em um dos quartos, Paul guarda a documentação que, segundo ele, vai embasá-lo nas novas tentativas de obter o que quer na Justiça – até agora, ele foi derrotado em todas.

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