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Já está contratada uma redução da taxa de juros no segundo semestre, diz Barbosa

Na Comissão do Impeachment no Senado, ministro da Fazenda disse que o País tem todos os instrumentos para resolver seus problemas

Foto do author Eduardo Rodrigues
Por Eduardo Rodrigues e Bernardo Caram
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, voltou a dizer nesta sexta-feira, 29, que a economia brasileira passa por uma situação difícil, mas já apresenta sinais positivos. O ministro reconheceu que a taxa de desemprego ainda é alta, mas disse que o País tem todos os instrumentos para resolver os seus problemas.

“A expectativa de inflação já está caindo e o Banco Central decidiu manter a taxa de juros por unanimidade”, afirmou, em resposta a parlamentares na Comissão Especial do Impeachment no Senado. Segundo ele, o próprio mercado já espera uma queda na Selic até o fim do ano. “Já está esperada e contratada uma redução da taxa de juros no segundo semestre. Cabe ao BC decidir o melhor momento”, completou.

O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa Foto: Dida Sampaio|Estadão

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Na quarta-feira, 27, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter, pela sexta vez consecutiva, a taxa básica de juros da economia em 14,25% ao ano.

Desta vez, a decisão foi unânime. Os diretores Sidnei Marques e Tony Volpon, que antes defendiam uma elevação da taxa, mudaram seu posicionamento e passaram a defender a manutenção da Selic no atual patamar, uma sinalização de que um corte nos juros está mais próximo. 

A expectativa do mercado financeiro já era de que o BC passasse a promover reduções da Selic no segundo semestre. Agora, com a colaboração do dólar mais baixo e com essa mudança de Marques e Volpon, essas apostas tendem a ganhar força.

Meta fiscal. Após a sessão, que durou quase dez horas, Barbosa também ressaltou a importância da aprovação da mudança na meta fiscal deste ano. Segundo ele, há previsão de que a votação no Congresso ocorra até o final de maio, conforme expectativa anunciada pelo presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). “A mudança é importante para que o governo possa atuar em várias áreas e acelerar a recuperação da economia”, disse.

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